Nosferatu (1922)

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Quem tem como principal referência de vampiro o Drácula de Béla Lugosi, um dos sucessos do estúdio Universal, costuma se espantar com o visual quase alienígena do Conde Orlok interpretado por Max Schreck neste clássico do expressionismo alemão. Responsável pelos pesadelos de toda uma geração nos anos 20, o filme segue a linha de outras produções da época, evocando o terror por meio de imagens distorcidas e muito contraste entre claro e escuro para diferenciar o mundo vampiro do mortal. Numa das cenas mais famosas, uma sombra gigante do Conde Orlok toma conta da tela enquanto ele sobe uma escada. A invasão dos ratos durante a viagem de navio também marcou época, servindo de referência, inclusive, para a versão do diretor Werner Herzog, lançada em 1979. Décadas após sua estreia e várias adaptações do livro de Bram Stoker depois, o filme de F. W. Murnau continua encantando por sua atmosfera sombria e por traduzir a solidão na qual vivia aquele que depende de sangue alheio para continuar vivo. Mesmo sem efeitos especiais, a face maligna de Conde Orlok ainda assusta. É o poder do bom cinema. – por Bianca Zasso

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