Hoke Colburn, de Conduzindo Miss Daisy (1989)

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Filmes sobre carros e motoristas quase imediatamente remetem o espectador a histórias de ação, aventura e muita adrenalina. Pois bem, motores turbinados e condutores capazes de estripulias inacreditáveis por trás do volante é exatamente o que não se encontra neste drama dirigido por Bruce Beresford. À frente do elenco estão a Senhora Daisy do título, interpretada com maestria pela veterana Jessica Tandy, e o chofer (Morgan Freeman) contratado pelo filho dela (Dan Aykroyd) para guiá-la por onde ela bem entendesse. Aristocrática e independente, ela mesmo estava habituada a dirigir, porém a idade avançada e a preocupação filial resultaram na contratação do empregado. Mesmo que Tandy tenha ganhado o Oscar de Melhor Atriz por este trabalho – o longa ainda foi premiado como Melhor Filme, Roteiro Adaptado e Maquiagem – a força que sustenta a trama está mesmo na composição resiliente e determinada de Freeman do personagem que, se no começo é motivo de desprezo e rejeição por parte de sua nova patroa – que não hesita em dar demonstrações de descaso e preconceito –, aos poucos vai se transformando em seu companheiro inestimável. Eles se tornam inseparáveis, oferecendo novo significado à vida um do outro. A mudança pode ter começado na direção de um carro que provavelmente nunca ultrapassou os limites de velocidade, mas foi muito além do que qualquer um dos envolvidos pudesse imaginar – tanto na frente quanto atrás das câmeras. – por Robledo Milani

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