20170724 velozes furiosos papo de cinema

Difícil falar sobre velocidade no cinema, especialmente da produção contemporânea, sem pensar nas estripulias de Vin Diesel na pele de Dominic Toretto, um dos protagonistas da franquia mais tunada das telonas. Dom, como é chamado respeitosamente pelos íntimos, é um tipo brucutu, daqueles que botam medo nos adversários das corridas antes mesmo que os motores comecem a roncar. Mas, por baixo dessa carapaça de homem mau das pistas, está alguém cuja prioridade é a manutenção dos valores familiares. Quem faz surgir mais fortemente esse seu lado geralmente incógnito é o personagem interpretado por Paul Walker, rival que logo se torna uma espécie de irmão de óleo de motor, especialmente quando vira efetivamente seu cunhado. Ao longo dos (até aqui) oito longas-metragens da cinessérie vemos Toretto fazer tudo e mais um pouco com várias máquinas envenenadas. A frieza do olhar denota a extrema habilidade com que ele extrai da extensão mecânica o melhor desempenho. Derrotado apenas uma vez – depois ficamos sabendo que o revés foi proposital –, é uma verdadeira lenda das pistas, que tem a possibilidade de externar outras qualidades quando a trupe, chamada por ele próprio de família, passa a combater terroristas internacionais sob a supervisão do governo norte-americano. Nas veias de Torretto, um às do volante, corre uma mistura de adrenalina e combustível altamente inflamável. – por Marcelo Müller

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