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20141212 top 10 fantasia papo de cinema home

Que o próprio cinema é uma fantasia não há do que discordar, não importa sobre qual tema trate, da mais profunda realidade ou da imaginação mais tresloucada possível. E é desta imaginação que o Top 10 desta semana trata. Afinal, se antes apenas os leitores tinham diferentes mundos em suas cabeças, com o cinema  e a força da imagem, muitos puderam dar asas aos seus pensamentos mais originais. E criar mundos fantásticos recheados de belos efeitos especiais, seja na década de 1930 ou nos dias atuais, é coisa que a sétima arte se preza sem cerimônias. Com a estreia do capítulo final da segunda trilogia de Peter Jackson sobre a Terra Média,  O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos, mais uma saga criada pelo escritor J.R.R. Tolkien se encerra nos cinemas, o que é a oportunidade para os críticos do Papo de Cinema relembrarem dez filmes em que mundos além da imaginação foram criados para deleite do espectador. Será que seu favorito está aqui? Confira!

 

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O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939)
Totó, acho que não estamos mais no Kansas”; “Não há lugar como o lar”; “Não preste atenção naquele homem atrás da cortina”; Estas frases memoráveis, atreladas aos números musicais inesquecíveis de (Somewhere) Over the Rainbow, We’re off to see the Wizard e Ding-Dong! The Witch is Dead fazem de O Mágico de Oz, dirigido por Victor Fleming, um clássico imortal. Voltado para as crianças, mas apreciável em qualquer idade, o longa-metragem baseado nos livros de L. Frank Baum completou 75 anos em 2014 com o mesmo charme e encantamento de sua estreia, em 1939.  Na história, fantástica como poucas, uma garotinha do sul dos Estados Unidos, Dorothy (Judy Garland), se vê em maio a um tornado que a transporta para uma terra mágica onde um Espantalho (Ray Bolger) conversa como humano, mesmo não tendo um cérebro; um Leão (Bert Lahr) não possui a coragem para abater suas presas; e um Homem de Lata (Jack Haley) sonha com um coração que pulse em seu peito oco. Este quarteto tão diferente se unirá para procurar o Mágico de Oz, figura extraordinária daquelas paragens que pode conceder desejos para os desafortunados. Dorothy, acompanhada sempre do seu fiel cãozinho Totó, quer apenas voltar para a casa. Com a ajuda da bruxa boa Glinda (Billie Burke), a menina descobrirá que precisa apenas percorrer o caminho dos tijolos amarelos para chegar ao castelo do Mágico. Mas a detestável Bruxa Má do Oeste (Margaret Hamilton) não deixará que esta tarefa seja realizada de forma tão fácil. – por Rodrigo de Oliveira

 

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História Sem Fim (The NeverEnding Story, 1984)
Sabe aquele filme que marcou sua infância por algum determinado motivo que você nem sabe se é tão bom assim, mas tem um carinho enorme? Assim poderia ser descrito História Sem Fim, ao menos, para este que vos escreve. Quando nasci o filme já havia sido lançado e ele estreou na televisão, alguns anos depois, quando eu já entendia o que era propriamente uma TV. E foi encanto à primeira vista. Como esquecer daquele dragão chinês com cabeça de cachorro que, por acaso, era o melhor amigo do protagonista? Revendo anos depois, pode-se dizer que o longa, é sim, genial em diversos aspectos, mas principalmente por utilizar a metalinguagem de maneira quase didática, a história dentro da história, num crescendo de homenagens à literatura, à fantasia e, por que não, ao próprio cinema. A luta do jovem Atreyu para salvar o mundo Fantasia do Grande Nada é reflexo da leitura do livro feita por Bastian, que também utiliza sua imaginação para fugir da dor de não ter mais a mãe presente, assim como o herói da história. Uma singela parábola que explicita não apenas as grandes aventuras imaginadas por crianças como a importância da fantasia na formação de qualquer ser humano. Afinal, o que é a vida sem um pouco de mágica, ainda que apenas na própria mente? – por Matheus Bonez

 

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Harry Potter e a Pedra Filosofal (Harry Potter and the Sorcere’s Stone, 2001)
O primeiro filme da saga Harry Potter começou já com as pretensões de uma grande franquia: A Pedra Filosofalentão, não poderia ter tido um diretor mais apropriado do que Chris Columbus, que soube adaptar nos dois primeiros longas a ingenuidade e aventuras presentes nas primeiras incursões do bruxinho mais famoso do cinema e da literatura na mágica Escola de Hogwarts contra o temível vilão Lord Voldemort, até então, apenas uma assombração. Nestes primeiros capítulos, Columbus nos levou com seu olhar pueril (e por isso mesmo apropriado) a conhecer com deslumbre um universo totalmente novo e criativo, repleto de detalhes (os menores!) inventivos que infundiam àquele novo universo a credibilidade necessária. Claro que as honras devem-se a escritora J.K. Rowling por ter criado em primeiro lugar este mundo, que nos livros, obviamente, ganha mais minúcias. Com a entrada de novos diretores até a fixação do sóbrio David Yates nos últimos quatro filmes, a franquia adquiriu tons cada vez mais sombrios e adultos, passando da descontraída trama sobre criancinhas que brincavam com magia, para uma envolvendo conspirações políticas, estudos complexos de personagens divididos entre o bem e o mal, e àqueles entre os dois lados. Harry Potter, como saga, é um feito, tanto nos livros como no cinema. – por Yuri Correa

 

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O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (The Lord of the Rings: The Returno of the King, 2003)
A Terra Média, antes um espaço apenas ao alcance dos leitores de J.R.R. Tolkien, com os filmes da trilogia O Senhor dos Anéis, tornou-se um território ficcional tão visitado (metaforicamente, é claro) quanto atrativo aos fãs de fantasia. Lá habitam Orcs, Elfos, Hobbits, trolls e outras criaturas mais ou menos semelhantes a nós humanos, cuja criação se deu no cruzamento das mais diversas mitologias, ou mesmo na originalidade de Tolkien. O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei, fechamento das aventuras de Frodo e companhia contra as hordas de Sauron, nos lança num dos lados mais sombrios da Terra Média: Mordor, lá onde mora o grande olho de fogo a tudo observa, destino inevitável do portador do Um Anel que ruma à sua destruição. A riqueza de detalhes vista no livro é reproduzida de maneira impressionante pela equipe do filme, seja na adequação das locações naturais – na Nova Zelândia – ou mesmo nos cenários de estúdio que materializam aquilo que antes, no contato com a leitura, apenas ganhava forma em nossa imaginação.  Em matéria de ambientes fantásticos, é provável que a constituição cinematográfica da Terra Média, geográfica e demograficamente falando, seja um dos trabalhos mais bem sucedidos dos últimos tempos. – por Marcelo Müller

 

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Desventuras em Série (A Series of Unfortunate Events, 2004)
Ambientadas em um universo essencialmente fatalista, as histórias dos irmãos Baudelaire encontram sua força no ritmo tragicômico que os eventos em suas vidas parecem assumir depois da morte de seus pais em um terrível e misterioso incêndio. Adaptando principalmente os três primeiros livros dos treze ótimos volumes escritos por Lemony Snicket (pseudônimo de Daniel Handler), ao passo em que se apropria de vários elementos dos demais também, o filme dirigido por Brad Silberling (de Cidade dos Anjos, 1998) infelizmente não fez o sucesso esperado, apesar de ter em seu elenco nomes como Jim Carrey, Jude Law e Meryl Streep. O que não reflete a qualidade do longa em si, que introduz o mundo maquiavélico em que são inseridos os órfãos com grandes doses de humor negro, ao seu próprio modo, traduzindo esta mesma abordagem dos livros que o originaram. Lá, os adultos ou são bondosamente obtusos, ou maleficamente ardilosos, e as crianças parecem ser as únicas com algum bom senso. É um universo que, de certa forma, reflete os medos e esperanças da infância através de monstros, de autoridades cegas, de parentes supercuidadosos, e de castigos mortais pra quem entra na água logo depois de comer. Diversão e melancolia se misturam aqui. – por Yuri Correa

 

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As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (The Chronicles of Narnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe, 2005)
Clive Staples Lewis – ou simplesmente C.S. Lewis, como o mundo veio a conhecê-lo – era amigo e colega de J.R.R. Tolkien. Da proximidade dos dois nasceram não apenas as sagas ambientadas na Terra Média, mas também o mundo mágico e encantador de Nárnia que, inspirada pelo sucesso dos filmes dirigidos por Peter Jackson, ganharam uma primeira adaptação cinematográfica em 2005 – apenas dois anos após o lançamento de O Retorno do Rei (2003). Com um diretor de prestígio – Andrew Adamson, responsável pela animação Shrek (2001) – e um elenco com bons nomes – como os oscarizados Tilda Swinton e Jim Broadbent – investiu-se pesado em efeitos especiais e estava feito O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa, capítulo inicial da trilogia que conta ainda com Príncipe Caspian (2008) e A Viagem do Peregrino da Alvorada (2010). A trama envolve quatro irmãos que, ao passarem por um portal mágico escondido no fundo do guarda-roupa acabam se envolvendo em uma batalha entre Aslan, o Leão, e Jadis, a Feiticeira Branca. Como resultado, um Oscar na bagagem (Melhor Maquiagem) e mais de US$ 745 milhões arrecadados nas bilheterias de todo o mundo. Impressionante, não? – por Robledo Milani

 

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O Labirinto do Fauno (El Laberinto del Fauno, 2006)
Guillermo Del Toro é um cineasta com uma imaginação tão grande que é difícil não sentir vontade de passar algum tempo em sua cabeça vendo que tipo de ideias ele tem para os universos de seus filmes. O Labirinto do Fauno é um dos trabalhos onde esta característica do diretor aparece com mais força. A história se passa durante a ditadura franquista e segue Ofelia (Ivana Baquero), menina que se vê tendo que ir morar com o maléfico Capitão Vidal (Sergi Lopez),  marido de sua mãe, Carmen (Ariadna Gil). Em meio a tensão de morar na nova casa, Ofelia descobre um labirinto repleto de criaturas fantásticas, entre elas um fauno, que dáà garota três tarefas que devem ser completadas até a chegada da lua cheia. O mundo que Del Toro cria é magnífico em seus mínimos detalhes, servindo inicialmente como um refúgio para a protagonista diante dos tempos difíceis que está vivendo. Apesar disso, o lugar não deixa de ter seus próprios perigos e, neste sentido, o conceito de figuras como o Homem Pálido acaba merecendo destaque. Tendo ainda alguns toques de Alice no País das Maravilhas, O Labirinto do Fauno se revela uma fantasia que desenvolve sua trama com inteligência, resultando em um dos grandes filmes do gênero da década passada. – por Thomás Boeira

 

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Stardust: O Mistério da Estrela (Stardust, 2007)
Neil Gailman sempre manteve uma relação um tanto problemática com Hollywood. Autor de textos que viraram animações competentes como A Lenda de Beowulf (2007) e Coraline e o Mundo Secreto (2009), suas criações geralmente alcançam mais impacto nas páginas de graphic novels e gibis. No entanto, um bom exemplo do casamento entre sua imaginação visual e enredos que exploram a fantasia com um olhar no mínimo subversivo é Stardust, um conto de fadas às avessas com personagens como uma Bruxa que luta para manter sua beleza eterna (e qual delas não deseja o mesmo?) e um pirata dos ares que esconde uma coleção infindável de vestidos de baile! Com Michelle Pfeiffer e Robert De Niro como destaques no elenco, coube aos novatos interpretados por Charlie Cox e Claire Danes segurarem a atenção do público nesta história sobre uma terra mágica em que um jovem apaixonado terá que enfrentar os maiores perigos para provar seus sentimentos. Se nos Estados Unidos o retorno do público não foi dos mais impressionantes, com as bilheterias internacionais o filme arrecadou quase o dobro do seu custo, além de ter sido premiado em diferentes ocasiões, como pelos críticos de Phoenix, que o apontaram como o filme “mais subestimado do ano”, ou o GLAAD Media Awards, que o escolheram com o Melhor Filme com Temática Gay de 2007! No mínimo, surpreendente. – por Robledo Milani

 

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Percy Jackson e o Ladrão de Raios (Percy Jackson & the Olympians: The Lightning Thief, 2010)
A mitologia grega continua exercendo fascínio nos dias de hoje, sendo base para muitos formatos de expressão e entretenimento, tais como o anime Os Cavaleiros do Zodíaco, e, mais recentemente, os livros protagonizados por Percy Jackson, por exemplo. A criação de Rick Riordan não demorou a virar filme, mirando talvez preencher a lacuna deixada pelo encerramento da saga Harry Potter. Em Percy Jackson e O Ladrão de Raios, primeira parte das aventuras cinematográficas derivadas do original, tomamos contato com um mundo em princípio não muito longe do nosso cotidiano, mas que logo mostra seu lado oculto, no qual há uma verdadeira guerra entre os deuses do olimpo. Percy é filho de Poseidon, embora tenha ignorado isso a vida toda, até que a responsabilidade de ser um semideus bate em sua porta. Acusado de ter roubado os raios de Zeus, o deus dos deuses, Percy se verá envolto por outros meio-sangues (como são chamados os filhos de humanos e deuses), entre amigos, inimigos e traidores, além de deparar-se com criaturas que fazem parte da rica trajetória mitológica dos gregos, aqui exploradas numa série em princípio infanto-juvenil, mas que pode bem agradar também os marmanjos afeitos a uma boa trama fantástica. – por Marcelo Müller

 

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Onde Vivem os Monstros (Where the Wild Things Are, 2010)
Quando criança, não gostava de filmes de fantasia. Produções como A Lenda (1985), Willow (1988), O Labirinto (1986) e História sem Fim (1984) figuram longe da minha lista de “filmes de infância”, diferente de muitas pessoas que conheço da minha idade. Curiosamente, ao crescer, este gênero começou a me interessar mais. Tanto que Onde Vivem os Monstros, uma produção de Fantasia com F maiúsculo, considero imperdível. A trama conta com uma criança imaginativa, bichos peludos e o dedo da produtora de Jim Henson, responsável por figuras como os Muppets. Baseado no livro de Maurice Sendak e com direção de Spike Jonze, o longa conta a história de Max (Max Records), um garoto cheio de imaginação que vive com sua mãe (Catherine Keener) e irmã (Pepita Emmerichs), mas ressente a falta do pai. Quando o namorado de sua mãe (Mark Ruffalo) aparece para um encontro, Max, vestido com uma fantasia de lobo, é malcriado e acaba fugindo de casa. Nesta fuga, o garoto acaba encontrando uma terra perdida com figuras gigantes e peludas. Temendo ser devorado pelos monstros, Max inventa uma história e acaba virando rei das criaturas. O problema é que, em meio a estas mentiras, Max acaba prometendo mundos e fundos aos monstros. E eles cobrarão estas promessas, mais cedo ou mais tarde. – por Rodrigo de Oliveira

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