Adaptar jogos de videogame para a tela grande não é novidade e, quase sempre, quem joga espera ansioso pela transposição dessas histórias ao cinema. A escolha do ator Michael Fassbender para o papel Carl Lynch deixou muita gente animada e a chegada do diretor Justin Kurzel, responsável pelo corajoso Macbeth: Ambição e Guerra (2015), também estrelado por Fassbender, dava indícios de que teríamos não apenas uma adaptação bem feita, mas uma aventura de grande apelo visual. O problema é que a indústria hollywoodiana ainda não aprendeu que games são um universo diferente do cinema e que suas tentativas de emular a imersão que esses jogos proporcionam ao usuários só tornam os filmes chatos e cansativos. No caso de Assassin’s Creed isso é elevado à máxima potência graças ao roteiro que pretende ser complexo, mas que não passa de uma tentativa frustrada de trazer toda a atmosfera presente no jogo que lhe deu origem. As atuações fracas de nomes como Marion Cotillard e Jeremy Irons, que precisam encenar diálogos horríveis e tentar convencer o público que o filme deve ser levado a sério, só pioram a experiência. A versão para o cinema de um dos jogos mais apaixonantes da década teve como resultado nenhuma diversão e nenhum respeito à Sétima Arte. Desesperador para gamers e cinéfilos.
Últimos artigos deBianca Zasso (Ver Tudo)
- Henfil - 7 de outubro de 2018
- A Vida Extra-ordinária de Tarso de Castro - 14 de abril de 2018
- A Guerra das Crianças - 6 de abril de 2018