“Somente uma mente obscura é capaz de resolver um crime retorcido”, afirma a frase de apoio no cartaz de Crimes Obscuros. A ideia, pelo que se percebe, é a de que o policial ocupado em solucionar um assassinato particularmente perturbador seria tão ou mais problemático do que aquele responsável por tal atrocidade. Com isso, surge a questão: aquele que prende é, de fato, inocente? Ou seria tão culpado quanto o que pratica a infração? E o que estaria, de fato, em debate: uma violência em particular ou um comportamento absolutamente fora dos eixos – e, aparentemente, sem chances de salvação? São discussões elegantes que, se tratadas com respeito e dedicação, poderiam render um debate, no mínimo, curioso. Mais ou menos o oposto do que encontramos por aqui (…) Crimes Obscuros tenta a todo instante ser transgressor, mas tudo o que consegue é resvalar numa crescente mesmice que nada lhe ajuda a evitar um ocaso quase inevitável. No fim, o que mais impressiona é como o grego Alexandros Avranas, o mesmo do instigante Miss Violence (2013), pode ter errado tanto a mão, seja na escolha – e condução – do elenco, ou mesmo na abordagem de uma história que, por mais que possua os elementos certos, os dispõe tão equivocadamente que tudo o que consegue é tédio e indiferença”.
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