“Existe alguma razão de ser para Malévola: Dona do Mal, sequência de Malévola (2014), além da óbvia tentativa de capitalizar em cima do sucesso do longa original? Após assistir ao filme de Joachim Ronning (o mesmo do naufrágio Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar, 2017), é difícil encontrar qualquer motivo para sua existência – a não ser a financeira, é claro. Se o primeiro projeto havia sido uma escolha um tanto arriscada – afinal, sua intenção foi pegar uma figura tradicionalmente conhecido por suas vilanias e transformá-la em heroína inesperada, essa segunda incursão pelo universo clássico da Bela Adormecida transita por caminhos absolutamente seguros. Apesar da inserção de novos personagens, a trama é a mesma do anterior, com iguais motivações e desfechos. É mais do mesmo, com menos, aliás. Um triste desfecho (ou não?) para um conto que merecia ser tratado com maior respeito e reverência (…) Quase uma assinatura de Angelina Jolie, Malévola ainda sofre, nesse segundo filme, do mal de se tornar coadjuvante do seu próprio espetáculo. O protagonismo da trama está nas mãos da rainha má interpretada por Michelle Pfeiffer, que volta ao tipo da megera enlouquecida que tão bem lhe caiu em obras como Stardust: O Mistério da Estrela (2007) ou Hairspray: Em Busca da Fama (2007), por exemplo. Ela aparece como a mãe do príncipe Philip (Harris Dickinson, de Beach Rats, 2017), por quem Aurora (Elle Fanning), a filha adotiva de Malévola, está apaixonada”.
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