“Quem diria que veríamos o dia em que Will Smith ficaria devendo a Jean-Claude Van Damme? Sim, pois não se engane: o diretor pode ter dois Oscars na estante de casa e os efeitos especiais serem alardeados como de última geração, mas esse Projeto Gemini nada mais é do que uma releitura – bastante rasteira, aliás – de Duplo Impacto (1991), um dos maiores sucessos do astro belga. Tudo bem que antes eram irmãos gêmeos, e agora se tratam de clones, mas essa não chega a ser uma diferença tão grande. Afinal, o esquema básico é exatamente o mesmo: primeiro estranhos, começam se enfrentando, para logo em seguida se darem conta de que estão no mesmo lado da ação e unirem forças. Lembra a trama de outro título recente – Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016) – que também seguia os mesmos preceitos. A dúvida, portanto, é: no meio de toda essa mistura, há algo de novo que justifique a atenção? De forma alguma (…) Entre vilões maniqueístas e erros de continuidade, as reviravoltas vão se acumulando sem muito sentido, atrás apenas de emoções baratas que logo se evaporam. O material reunido apontava para um caminho tortuoso. Ao ser tratado com tamanha displicência, a tragédia era mais do que anunciada”.
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