“E se podemos considerar Godzilla 2: Rei dos Monstros ousado, se deve ao único e exclusivo fato de apresentar mais monstros do que qualquer um dos filmes já protagonizados pelo personagem-título. Por outro lado, a falta de criatividade se revela na evidente inaptidão em ter que lidar com todas essas criaturas. O conceito a ser explorado no MonsterVerse é que esses titãs – como as bestas gigantes são chamadas – seriam os primeiros habitantes do planeta, porém, com o passar dos séculos, teriam abandonado a superfície, entrando em estado de hibernação, resignando-se às cavernas mais subterrâneas ou mergulhando nas profundezas dos oceanos. Desde os anos 1940, no entanto, uma companhia batizada como Monarca estaria atrás deles, catalogando-os, estudando-os e aprendendo como lidar com eles, muito mais interessada no potencial financeiro que estas descobertas teriam, e menos nas ameaças que representam (…) Enquanto os humanos correm de um lado para outro tais quais baratas tontas – a equipe da Monarca em um mega avião, os militares (liderados por um apagado David Strathairn, que tem ainda menos a fazer do que no longa anterior) com seus próprios armamentos e os bandidos sempre um passo à frente – o espectador é convidado a presenciar um desfile de criaturas bestiais, dispostas de modo um tanto aleatório. Da galinha mexicana (Rodan) à mariposa oriental (Mothra), passando por um mamute brasileiro (o coitado nem nome chega a ganhar), nos deparamos com um dragão de três cabeças chamado de Ghidorah (o qual é apelidado de ‘gonorréia’ em uma das frustrantes tentativas de humor do roteiro). Quanto ao Godzilla, o que lhe resta?”.
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