20170827 maior espetaculo da terra papo de cinema

Todos falam que este título de Cecil B. DeMille é um dos piores a conquistar o Oscar de Melhor Filme. Seja por seu desenvolvimento arrastado, pela montagem irregular ou até por conta dos dramas que poderiam ter sido deixados de lado no corte final. Ao bem da verdade, a produção realmente pode não ser tão grandiosa quanto se vende, mas é um belo retrato das dificuldades de se manter um circo. Ainda mais do tamanho concebido na tela. Temos um grande protagonista, o dono do espetáculo (Charlton Heston), e é através dele que a narrativa se fragmenta em outras pequenas histórias que envolvem os laços de amizade que permeiam a estrutura do negócio prestes a falir pela crise na economia e a visão de que o circo é uma arte envelhecida.  Entre vários personagens, um deles é o mais criticado por quem assistiu à obra. O palhaço interpretado por James Stewart se torna uma das figuras centrais do filme, especialmente por ter um segredo, o que cria um clima de suspense. Alguns até dizem que ele poderia ter sido cortado da produção sem maiores problemas. Porém, como falar de circo sem palhaços? São eles que comandam o espetáculo, que fazem rir, que brincam diretamente com o público, que se enchem de maquiagem para criar uma imagem benevolente e abobalhada (mesmo que muitos por aí tenham medo e até traumas de palhaço). E, aqui, eles (ou ele, no caso) fazem toda a diferença.

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é crítico de cinema, apresentador do Espaço Público Cinema exibido nas TVAL-RS e TVE e membro da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. Jornalista e especialista em Cinema Expandido pela PUCRS.
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