20170827 it obra prima do medo papo de cinema

Antes de ganhar uma revisão moderna, o calhamaço de Stephen King já tinha ido às telas em 1990 numa versão com mais de 3 horas de duração. Na pele do monstro alienígena nomeado Pennywise, tínhamos o icônico Tim Curry, aparentemente divertindo-se horrores em mais um personagem caricato e insano. Aliás, o protagonista desta adaptação é provavelmente a melhor coisa do filme, apesar dele tentar se manter fiel ao material de origem, um tanto mais longo que o necessário. A história gira em torno de um grupo de amigos que, após muitos anos, se junta para derrotar uma criatura mortal que os assombrou na infância. Esse clima de mistério e horror com crianças em uma cidadezinha traz todo aquele espírito aventuresco dos anos 1980. E é justamente quando se concentra nos flashbacks dos personagens, com seus percalços infantis e a constante presença da morte, que o filme encontra seus melhores momentos, já que as versões adultas ficam longe de ser tão interessantes. Ainda bem que a maior parte do longa se foca nos pequenos e no processo de amadurecimento apressado que sofrem frente a um inimigo como Pennywise, cujo disfarce de palhaço é um assustador paradoxo simbólico.

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é formado em Produção Audiovisual pela PUCRS, é crítico e comentarista de cinema - e eventualmente escritor, no blog “Classe de Cinema” (classedecinema.blogspot.com.br). Fascinado por História e consumidor voraz de literatura (incluindo HQ’s!), jornalismo, filmes, seriados e arte em geral.
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