Estreia prevista para 18/01/2018
Será surpresa nenhuma se este longa-metragem do cineasta italiano Luca Guadagnino figurar na lista dos melhores filmes de 2018. Não se trata aqui de uma previsão precipitada, tampouco de prognóstico de um ano de lançamentos fracos, mas, justamente, da aposta na excelência dessa trama que fala sobre amores intensos e a necessidade de seguir adiante. Há um quê de Eric Rohmer na temporada idílica que o jovem Elio (Timothée Chalamet) passa no interior da Itália com os pais e amigos. As férias são atravessadas pela presença de Oliver (Armie Hammer), norte-americano que simboliza o ideal apolíneo resgatado nos estudos ao longo do filme. A beleza, então, é apresentada neste longa por diversos prismas, sendo, ao mesmo tempo, elemento subjacente e característica de um amor improvável que surge, aos poucos, ao sabor do excepcional roteiro do veterano James Ivory a partir do romance homônimo de Andre Aciman. Não há pressa em deflagrar as pequenas coisas que transformam o panorama. Não há, também, a necessidade de prescindir das sutilezas, das nuances, prevalentes na forma como Guadagnino urde a paixão entre Elio e Oliver. Mas, os coadjuvantes não são meras formalidades, pois têm resguardadas suas singularidades, tornando o conjunto bastante substancial. Agora, se formos eleger apenas uma cena, dentre tantas que permanecem na retina e na memória, a conversa entre Elio e seu pai, o professor Perlman (Michael Stuhlbarg), está entre as mais emocionantes que o cinema viu nos últimos anos. Sem dúvida, desde já, uma das grandes obras a chegarem por aqui em 2018.
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