Estreia prevista para 24/01/2019
Exibido no Brasil pela primeira vez no Festival do Rio 2018, Se a Rua Beale Falasse é outro longa-metragem que chega ao circuito comercial brasileiro, em 2019, cercado de expectativas. E não é para menos. Afinal de contas, se trata do filme do cineasta Barry Jenkins que sucede Moonlight: Sob a Luz do Luar, vencedor de inúmeros prêmios, inclusive o Oscar de Melhor Filme. E toda a expectativa é compensada? Não integralmente, mas em boa parte, tanto que lhe garante um lugar no nosso especial do que esperar de 2019. Baseado num romance de James Baldwin, Se a Rua Beale Falasse versa sobre um amor interrompido por racismo. Tish (KiKi Layne) e Fonny (Stephan James) formam um casal apaixonante, especialmente pela maneira como demonstram seu afeto mútuo e absolutamente correspondido. Eles se conhecem desde pequenos, e um dia, sem mais aquela, se descobrem totalmente apaixonados. Mas, a acusação de estupro que recai sobre ele cria uma barreira praticamente intransponível, bem mais espessa e desafiadora que os muros da penitenciária. Vítima da perseguição de um policial branco, Fonny é indiciado pela violação de uma porto-riquenha que, por falta de condições visuais, acaba ludibriada pelos poderes instituídos e incriminando o homem negro. O sistema é branco e isso fica bem claro nas dificuldades para fazer o processo andar. Barry Jenkins faz um filme bastante sofisticado, com figurinos impecáveis e uma produção belíssima, no qual nem sempre determinados gatilhos são aproveitados a contento, mas forte o suficiente para emocionar e reverberar. Atenção: Regina King, intérprete da mãe de Tish, está com as duas mãos no Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante, haja vista a quantidade de prêmios recebidos até então por essa personagem fortíssima.
:: Confira a crítica de Marcelo Müller sobre Se a Rua Beale Falasse ::
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