20200102 depois a louca sou eu papo de cinema

Estreia prevista para 23/04/2020
“A porta de entrada para esta comédia, adaptada do livro homônimo de Tati Bernardi, é a linguagem ostensivamente pop. Enquanto Dani (Débora Falabella) narra seus primeiros casos de síndrome de pânico, em chave leve e divertida, a tela é tomada por letreiros explicativos, animações lúdicas, piadas velozes e cenários multicoloridos. A propósito de psicopatologias, a narrativa parece acometida pela síndrome de Amélie Poulain, devido à narração levemente autodepreciativa dos prazeres e medos da protagonista, em tom saturado de verde-bile, enquanto a imagem explora os olhos curiosos de Falabella e da atriz que a interpreta durante a juventude. Acrescentando a metáfora das bolinhas de gude, o filme se abre com uma curiosa aplicação da linguagem teen aos problemas da vida adulta (…) A narrativa busca um equilíbrio interessante entre vangloriar os benfeitos dos remédios e criticá-los por completo. Cada solução tragicômica encontrada por Dani fornece diversas vantagens em conjunção com efeitos colaterais graves, como a dificuldade de atingir o orgasmo. Depois de tantas representações pudicas do sexo no cinema popular (pessoas se beijando e, corte, acordando cobertas até o pescoço no dia seguinte), o filme propõe um olhar mais adulto ao sexo e ao prazer de homens e mulheres”.

:: Confira na íntegra a crítica de Bruno Carmelo ::

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Crítico de cinema desde 2004, membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema). Mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris III. Passagem por veículos como AdoroCinema, Le Monde Diplomatique Brasil e Rua - Revista Universitária do Audiovisual. Professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema. Editor do Papo de Cinema.
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