Judy: Muito Além do Arco-Íris

Publicado por
Marcelo Müller

Estreia prevista para 16/01/2020
“Judy Garland (Darci Shaw) queria ser uma menina semelhante as demais, com direito a degustar batatas fritas, bolos e sair na companhia das amigas sem seguranças protegendo-a do furor dos tietes. Judy (Renée Zellweger), já uma lenda viva do cinema norte-americano, desejava, talvez mais que tudo, ter uma família regular, uma casa à qual voltar no fim do expediente. A menina/mulher é vítima do próprio talento, esse peso ambivalente, pois ela também se deleita com o calor emanante do público na sua direção. Em Judy: Muito Além do Arco-Íris a protagonista é esquadrinhada a partir de sua natureza trágica, dessa eterna insatisfação por não conseguir se desvencilhar integralmente das marcas deixadas pelas engrenagens moedeiras de uma indústria inescrupulosa. As cenas de Louis B. Mayer (Richard Cordery), então chefão da MGM, exercendo seu poder sobre a estrela de O Mágico de Oz (1939) são o que de melhor o filme tem nesse sentido de bastidores (…) Renée Zellweger mimetiza os trejeitos da artista, fazendo um trabalho excecional de “sumir” para dar lugar a essa personagem singular do showbiz norte-americano. Ela solta lindamente a voz quando o filme assim o pede, demonstrando também excelência nas várias passagens de fragilidade emocional”.

:: Confira na íntegra a crítica de Marcelo Müller ::

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.
Jornalista, professor e crítico de cinema membro da ABRACCINE (Associação Brasileira de Críticos de Cinema,). Ministrou cursos na Escola de Cinema Darcy Ribeiro/RJ, na Academia Internacional de Cinema/RJ e em diversas unidades Sesc/RJ. Participou como autor dos livros "100 Melhores Filmes Brasileiros" (2016), "Documentários Brasileiros – 100 filmes Essenciais" (2017), "Animação Brasileira – 100 Filmes Essenciais" (2018) e “Cinema Fantástico Brasileiro: 100 Filmes Essenciais” (2024). Editor do Papo de Cinema.