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Pense na personagem perfeita para uma comédia romântica. No início dos anos 2000, o sucesso de um livro fez com que as telas se rendessem a uma balzaquiana que tentava equilibrar duas buscas: o sucesso profissional e o homem da sua vida. Para organizar as ideias e também desabafar, ela organiza um diário em que expõe sonhos, defeitos, conquistas e, claro, dúvidas amorosas. Apesar de não ser mais uma adolescente, Bridget Jones (Renée Zellweger) vive todas as fases da paixão com uma intensidade digna de quem está com os hormônios em ebulição. Muito do sucesso do filme dirigido por Sharon Maguire está em retratar uma geração de mulheres marcadas pela síndrome de Walt Disney, na qual a vida não pode ser considerada feliz sem um príncipe encantado na trama principal. Renée Zellweger conseguiu o papel mais marcante de sua carreira e pode mostrar seu lado cômico, criando trejeitos que conquistam a simpatia do público desde sua primeira aparição na tela. Afinal, até a mais calejada no quesito amor se compadece ao ver Bridget chorar ao som de All by Myself de Jamie O’Neal. Na esteira da boa bilheteria, muitas “Bridgets” surgiram, porém sem o charme do original que ainda garante boas risadas entre homens e mulheres.

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é jornalista e especialista em cinema formada pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Com diversas publicações, participou da obra Uma história a cada filme (UFSM, vol. 4). Na academia, seu foco é o cinema oriental, com ênfase na obra do cineasta Akira Kurosawa, e o cinema independente americano, analisando as questões fílmicas e antropológicas que envolveram a parceria entre o diretor John Cassavetes e sua esposa, a atriz Gena Rowlands.
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