Baseada na coluna My Sister Eileen, de Ruth McKenney, publicada na revista The New Yorker nos anos 30, esta comédia rendeu à atriz Rosalind Russell sua primeira indicação ao Oscar. Dirigido por Alexander Hall, o longa acompanha as irmãs Ruth (Russell) e Eileen Sherwood (Janet Blair), que partem para Nova York em busca da realização de seus sonhos profissionais: Ruth deseja se tornar escritora, enquanto Eileen almeja uma carreira nos palcos. Com pouco dinheiro e perdidas no caos da grande metrópole, elas acabam alugando um apartamento precário, localizado no subsolo de um edifício em Greenwich Village. Além da janela sem cortinas à altura da calçada, das camas desconfortáveis, da falta de ventilação e das explosões das obras do metrô, as irmãs são obrigadas a conviver com uma vizinhança peculiar – que inclui o arguto senhorio de origem grega, Appopolous (George Tobias), um aspirante a jogador de futebol americano e sua esposa, e uma vidente (ex-inquilina do local) – contando com o auxílio do editor Robert Baker (Brian Aherne), que convence Ruth a escrever sobre seu cotidiano atribulado. Mesmo com uma realização convencional, Hall mantém um bom e frenético ritmo cômico, repleto de situações insólitas, como uma fila de conga liderada por oficiais da marinha portuguesa que se transforma em caso de polícia ou ainda o desfecho com participação especial dos Três Patetas. Se valendo da atuação carismática de Russell, no papel de uma mulher independente, que deixa o romance em segundo plano para se dedicar ao trabalho, o longa fez grande sucesso, gerando uma versão musical para Broadway – também estrelada por Russell – que depois seria readaptada para o cinema como Jejum de Amor (1955), com Janet Leigh e Jack Lemmon.
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