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Top 10 :: Universo Marvel

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A Fase 2 da Marvel está chegando ao fim. Ainda tem Homem-Formiga para encerrar este capítulo em junho, mas as peças-chave já foram colocadas em Vingadores: Era de Ultron, que chega agora aos cinemas. Antes desta estreia, dez filmes do estúdio já haviam chegado às telonas. Com tanto “Marvel pra cá, Marvel pra lá”, a equipe do Papo de Cinema fez uma votação entre os dez primeiros longas já lançados, sem o novo exemplar estrelado pelos Vingadores, e elencamos do décimo ao primeiro lugar a nossa ordem de preferência. Afinal, nem todos foram unânimes em questão de qualidade. Então, confira qual o melhor e qual o “pior” na nossa opinião!

 

10º. Homem de Ferro 3 (Iron Man 3, 2013)
A terceira aventura do ferroso tinha tudo para ser o melhor filme da série. O herói tinha sofrido um trauma após o fim da batalha que arrasou Nova Iorque em Os Vingadores (2012), que já tinha elevado os filmes da Marvel em potência de diversão e qualidade. Era a chance de deixar as piadas de Tony Stark de lado e Robert Downey Jr. levar seu alterego para um viés mais dramático e condizente com a história que tinha em mãos. Sofrer um ataque em sua mansão e dar oportunidade a Pepper Potts (Gwyneth Paltrow) para vestir a armadura foram alguns dos acertos do longa, que começa a se perder à medida em que avança. Por um lado, é bom ver mais de Stark e menos da armadura. Por outro, o que ele mais faz é ironizar seu debilitado estado emocional. Há recursos memoráveis no roteiro, como a sequência em que ele age como um 007 para entrar no covil inimigo. Por outro, temos um vilão caricato e esquemático na pele de Guy Pearce, que não segura o rojão com tanta canastrice. E o melhor do filme, Ben Kingsley e seu Mandarim, são reduzidos a pó depois da chocante descoberta sobre a real origem do personagem. Ok, ela até faz sentido, mas será que outra saída não seria melhor? No fim das contas, Homem de Ferro 3 diverte, é claro, mas está há anos-luz da qualidade que a Marvel vinha alcançando a cada longa. Um passo atrás que rendeu alta bilheteria, mas deixou muito fã torcendo o nariz. Ainda mais para o início da Fase 2. Seu final, então, em que tudo parece se resolver para o futuro, acabou sendo eclipsado a cada longa do estúdio que veio depois. Se não entendeu o que qui dizer, assista a Vingadores: A Era de Ultron. Por estas e outras, o final (?) da trilogia de Tony Stark em trabalho solo rendeu um gosto agridoce e a última posição no nosso ranking da vez. – por Matheus Bonez

 

9º. Thor: O Mundo Sombrio (Thor: The Dark World, 2013)
De todos os principais heróis da Marvel, muito provavelmente o Thor era o mais difícil de ser adaptado para o cinema dentro do contexto atual, em que o colorido artificial de outrora tem sido preterido em nome de um realismo mais lógico e próximo do real. Portanto, como convencer o espectador da existência de um deus alienígena dotado de poderes incríveis e de discurso empolado, em uma trama repleta de intrigas palacianas? Pois bem, se Kenneth Branagh se saiu relativamente bem em Thor (2011), porém preocupado demais com os limites auto-impostos por se tratar de um filme de origem, essa vez Alan Taylor – vindo direto do set de Game of Thrones – teve muito mais liberdade para brincar e rolar, fazendo do personagem um dos mais interessantes deste universo. Além disso, este foi o filme perfeito para todos aqueles que queriam mais de Loki (Tom Hiddleston), o vilão preferido dos fãs que já havia dado muita dor de cabeça em Os Vingadores e que agora tinha tudo a seu favor: popularidade, espaço e oportunidades. As bilheterias responderam à altura, e uma terceira aventura individual já está encomendada para 2017, mostrando que, como longa de transição, O Mundo Sombrio cumpre às expectativas além da conta! – por Robledo Milani

 

8º. O Incrível Hulk (The Incredible Hulk, 2008)
Depois de uma adaptação mal fadada dirigida pelo oscarizado Ang Lee, o gigante esmeralda teve nova chance de protagonizar um longa-metragem, desta vez dentro do recém iniciado Universo Cinematográfico da Marvel. De forma inteligente, o diretor Louis Leterrier inicia O Incrível Hulk (2008) com um pequeno prólogo mostrando para os incautos como Bruce Banner (Edward Norton) se transformou naquele monstro super poderoso. A história pula para o Brasil, onde o cientista se esconde enquanto tenta buscar uma cura para a sua condição. Mas como todos sabemos, ninguém consegue esconder Hulk por muito tempo. A aventura tem bons momentos, mas mesmo um ator da envergadura de Norton não consegue dar ao filme o nível que nos acostumaríamos a ver dentro da série de filmes produzidas pelo estúdio recém criado. Mark Ruffalo em Os Vingadores substituiria o ator no papel, fazendo o melhor Dr. Banner dos cinemas. Daquele longa lançado em 2008 ficam as boas atuações de William Hurt como Thunderbolt Ross e Tim Roth como Abominável (que poderiam muito bem aparecer em outros filmes). Para os fãs, uma das cenas mais bacanas é a aparição de Robert Downey Jr. como Tony Stark no desfecho, tornando clara a ideia da Marvel de filmes inter-relacionados. – por Rodrigo de Oliveira

 

7º. Homem de Ferro 2 (Iron Man, 2010)
Após o inevitável sucesso de Homem de Ferro (2008), o herói se estabilizava como o personagem mais cool do universo cinematográfico da Marvel, assim como Robert Downey Jr. se destacava entre as personalidades mais carismáticas de Hollywood. Como um não funciona sem o outro, nada mais natural que surgir esta sequência que fica aquém ao original, mas introduz alguns elementos interessantes à franquia – e funciona como uma interessante ponte para Os Vingadores. Em Homem de Ferro 2 (2010), Tony Stark deve enfrentar o fato de que o mundo já conhece sua identidade até então secreta, assim como a debilidade de sua saúde e um inimigo ligado ao passado sombrio de seu pai. Downey Jr. teve seu posto de atrativo principal da franquia ameaçado pela introdução de Scarlett Johansson como Viúva Negra e Mickey Rourke na pele do vilão Ivan Vanko, também conhecido como Whiplash, porém mais uma vez é inegável que o filme seja inteiramente seu. Hoje já são cinco superproduções nos quais o ator interpreta Tony Stark, e ainda que nos quadrinhos vários personagens já tenham vestido a armadura deste herói, vai ser difícil ver nas telonas alguém que sirva melhor a este traje do que Downey Jr. – por Conrado Heoli

 

6º. Thor (2011)
Thor chegou às telas prometendo uma dimensão shakespeariana. Afinal de contas, além da própria estrutura do mundo asgardiano, das intrigas palacianas claramente inspiradas nas peças do bardo, o diretor responsável por levar o Deus do Trovão ao cinema foi Kenneth Branagh, ele que possui vasta experiência no que diz respeito à obra desse que é um dos maiores e mais influentes escritores da história. Se, por um lado, o filme não é lá tão inspirado no quesito ação, com batalhas encenadas sem muita energia (embora não comprometam), por outro, justamente no que tange o drama dos personagens, as divergências que implodem a família real asgardiana pouco a pouco, ele se sai muito bem. Thor é parte imprescindível do universo Marvel nas telonas, um dos líderes dos Vingadores, além de irmão de Loki, vilão também importante nos planos da Marvel. E toda essa significância foi muito bem orquestrada neste longa, que apesar de não ser destituído de falhas, ainda assim é muito competente. – por Marcelo Müller

 

5º. Capitão América: O Primeiro Vingador (Captain America: The First Avenger, 2011)
A primeira fase da Marvel nos cinemas contou com vários filmes de origens de seus principais heróis. Como o próprio título sugere, este aqui é o primeiro de todos na cronologia daquele universo. Ambientando durante a Segunda Guerra Mundial, vemos o franzino Steve Rogers (Chris Evans) se alistar e não conseguir uma vaga decente no exército por conta da sua fraqueza e baixa estatura. A grande chance de fazer parte do primeiro experimento do supersoldado dá certo para ele, que se torna o único exemplar vivo do procedimento. Então vemos aquilo tudo que esperamos: ele trajando o uniforme e seu indestrutível escudo, batendo na cara dos nazistas e derrotando o Caveira Vermelha (Hugo Weaving). Porém, esta primeira aventura do Capitão América não é daqueles exemplares que dá gosto de rever diversas vezes. Ele fica meio datado. Talvez por ser um filme de origem e a ação heroica demorar a acontecer. Ou então o tom ingênuo que remete àqueles anos 1940 pareça forçado demais alguma vezes. A própria personalidade de Steve ainda não está bem formada. A gente sabe que ele é patriota, mas nos dias atuais (e graças a Capitão América 2: O Soldado Invernal) entendemos que o herói não é ufanista, mas sim defensor da liberdade. Algo que ele parece entender no primeiro filme como se fosse um aspecto exclusivo da sua pátria. Por outro lado, é a partir deste filme que conhecemos sua primeira grande paixão, a Agente Carter, que (merecidamente) ganhou um seriado só seu este ano – com qualidade bem superior a esta produção, por sinal. Capitão América: O Primeiro Vingador é um bom filme de ação e aventura, mas que mostra como a Marvel engatinhou um pouco para dar mais luz a um de seus principais protagonistas. – por Matheus Bonez

 

4º. Guardiões da Galáxia (Guardians of the Galaxy, 2014)
Para que se preocupar com Os Vingadores quando você pode ter os Guardiões da Galáxia? Eles são mais incorretos, excêntricos, divertidos e, ainda por cima, duelam ao som de uma trilha sonora inegavelmente mais enérgica e vibrante. Baseado numa aventura da Marvel pouco conhecida, este conto é protagonizado por Peter Quill e narra suas desventuras desde a infância, quando foi acidentalmente abduzido, até a fase adulta sob o pseudônimo heroico Star Lord, um caçador de recompensas intergaláctico. É claro que ele vai se reunir com uma equipe improvável para combater um vilão genérico que pretende dominar o mundo, mas quem se importa? O interessante mesmo está em sua jornada, nos personagens cativantes que fazem parte dela, interpretados por um time capitaneado pelo muito carismático Chris Pratt, e a ação desenfreada dirigida habilmente por James Gunn. Guardiões da Galáxia pode não ser repleto de heróis que conhecemos desde a infância, mas 10 minutos de sessão familiariza qualquer expectador com estes tipos e o curioso universo que habitam, num enredo que evidentemente aposta numa premissa formulaica, porém desvia do convencional com ritmo assertivo e seu inesquecível quinteto fantástico de protagonistas. – por Conrado Heoli

 

3º. Os Vingadores (The Avengers, 2012)
Os heróis mais poderosos da Terra se juntaram para combater o maquiavélico Loki (Tom Hiddleston) contra seus planos de dominação do mundo. A trama não poderia ser mais simples, mas nem por isso menos espetacular. Os Vingadores é a definição de filme-evento. A conclusão de uma trajetória ambiciosa da Marvel Studios iniciada em Homem de Ferro, em 2008, e que atingiu seu clímax na aventura comandada por Joss Whedon, inteligentemente colocando o foco nos personagens e nas suas emoções e nos seus problemas. A sensação de observar Thor (Chris Hemsworth) conversando com Capitão América (Chris Evans), que troca ideias e luta ao lado do Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), que por sua vez consegue salvar a Terra e ser salvo pelo instável Hulk (Mark Ruffalo) é dificílima de quantificar para qualquer fã de quadrinhos ou mesmo desta cinessérie criada pela Marvel. Todas as peças foram muito bem construídas, com espaço inclusive para os heróis mais humanos interpretados por Scarlett Johansson (Viúva Negra), Jeremy Renner (Gavião Arqueiro) e Samuel L. Jackson (Nick Fury). Com sucesso de crítica e de público, Os Vingadores foi a pedra fundamental para a continuação daquele coeso Universo Marvel nos cinemas – que cada vez mais se expande, chegando à tevê e a serviços on demand. Um filme imperdível e importantíssimo para os planos do estúdio da Casa das Ideias. – por Rodrigo de Oliveira

 

2º. Homem de Ferro (Iron Man, 2008)
Um herói sem o apelo global do Homem-Aranha ou do Hulk, para ficar em apenas dois exemplos mais famosos do universo Marvel.  Um diretor de trabalhos inexpressivos. Um ator que tentava recuperar o prestígio. São muitos os fatores que, em tese, depunham contra Homem de Ferro, primeiro degrau de um plano audacioso que poderia muito bem ter dado errado. Mas, não é que, contrariando os prognósticos, o filme foi um grande êxito, ajudando a pavimentar não apenas a carreira dos envolvidos, mas também a própria Marvel como estúdio de cinema? Tony Stark provavelmente encontrou seu intérprete ideal em Robert Downey Jr. Com um ego de tamanho compatível à sua inteligência e perspicácia, tiradas rápidas e uma aptidão insuspeita para o heroísmo, o personagem ganhou as plateias por seu carisma, tornando-se, agora sim, um dos preferidos dos fãs de filmes de super-heróis. Jon Favreau guia a trama equilibrando drama, humor e ação. Temos na tela a formação do Homem de Ferro, num longa cuja qualidade sequer foi aproximada pelas sequências já um tanto deslumbradas demais. Homem de Ferro resume o que faz os filmes da Marvel serem, no geral, tão divertidos de ver. – por Marcelo Müller

 

1º. Capitão América 2: O Soldado Invernal (Captain America: The Winter Soldier, 2014)
Na Fase 1 da Marvel nos cinemas, Capitão América: O Primeiro Vingador (2011) havia sido o tom destoante, aquele filme necessário, porém distante dos demais: afinal, tratava-se de uma produção de época, com visual retrô e estrutura marcada, com reviravoltas previsíveis e elementos demais, como se tudo estivesse combinado apenas para fechar um quebra-cabeça muito maior. Pois quem se desapontou – a grande maioria – não imaginava o que viria na sequência lançada três anos depois. O Soldado Invernal é, a despeito das piores expectativas, simplesmente perfeito. O longa de espionagem à moda antiga continua lá, respeitando a gênero do herói, porém agora adaptado a um cenário high tech e ultramoderno, de visual arrojado e coadjuvantes estimulantes, como Nick Fury, Viúva Negra e o ótimo Falcão Negro. Isso sem falar no arqui-inimigo interpretado por Robert Redford, que dispensava fantasias e máscaras elaboradas para ser assustador e excitante ao mesmo tempo. Os irmãos Anthony e Joe Russo acertaram tão bem na mosca que já foram contratados não apenas para o próximo filme do Capitão como também para os seguintes dos Vingadores, mostrando que não apenas entendem do riscado como ainda possuem muitas cartas na manga para os próximos capítulos. O que vimos aqui, felizmente, foi só o começo! – por Robledo Milani

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