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Top 10 :: Videogames

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Filmes baseados em videogames. Hmm. Se parar para pensar, não é algo que inspire muita confiança. Dá para contar nos dedos (talvez de uma mão só) os filmes que realmente mereçam dignos de serem taxados como BOAS produções. A maioria diverte naquele nível raso, seja inspirados por lutadores mortais ou de rua, encanadores, velocistas, exterminadores de zumbis, etc. Com a estreia de Pixels, produção estrelada por Adam Sandler sobre aliens que invadem a terra usando personagens de jogos eletrônicos como armas, nada mais justo que lembrar de algumas produções que marcaram época – para ou bem ou para o mal. Inclusive há filmes (estes sim, realmente bons) que apenas usam o mundo dos games como inspiração. Agora, será que o seu jogo favorito já foi adaptado e está nesta lista? Confira!

 

Tron: Uma Odisseia Eletrônica (Tron, 1982)
Não tem como começar um pódio de filmes com jogos eletrônicos como tema sem falar daquele que, muito provavelmente, tenha influenciado a maioria deles. Tron pode não ser inspirado em um game específico (até porque os fliperamas e afins estavam começando a engatinhar na época, já se tornando febre), mas vive totalmente o universo cibernético de bytes e mais bytes de ação desenfreada. Um novato Jeff Bridges é Kevin, ex-programador de uma companhia de softwares que criou os jogos que tornaram o ex-chefe milionário. Para tentar provar a autoria dos projetos, ele invade os arquivos, sem saber que a máquina central da cidade ô ve como ameaça, começando uma guerra no mundo dos chips e afins. A história é básica, assim como as atuações, mas nada que afete a qualidade da produção, que investe em efeitos especiaos e na dualidade entre o azul e o vermelho, criando um mundo virtual maluco e psicodélico que estoura aos olhos do público. Icônica produção do gênero, teve uma continuação, Tron: O Legado (2010), quase trinta anos depois, com Bridges de volta ao elenco em participação mais que especial. – por

 

O Último Guerreiro das Estrelas (The Last Starfighter, 1984)
Ser transportado para dentro do jogo ou se tornar um herói na vida real são fantasias comuns aos apaixonados por videogames. Pois esse sonho se torna realidade para Alex (Lance Guest), um jovem que deseja deixar a pequena cidade onde vive e entrar para a faculdade junto com sua namorada, Maggie (Catherine Mary Stewart). Um dia, após bater o recorde de seu game favorito, Starfighter, Alex é recrutado pelo simpático alienígena Centauri para se tornar um Guerreiro das Estrelas e defender o universo da ameaça do temível general Xur. Dirigida por Nick Castle, esta foi uma das primeiras produções a seguir a tendência de Tron e utilizar diversas sequências criadas inteiramente por computação gráfica. Os efeitos, hoje datados, impressionavam na época, assim como todo o design de produção e a maquiagem dos seres interplanetários. A história do “escolhido” para salvar a galáxia tem influência direta da saga Star Wars e o roteiro apresenta diversas fragilidades, mas os clichês e inconsistências são superados pelo bom humor e pelo sentimento de nostalgia gerado pelas reprises do longa na Sessão da Tarde. Curiosidade: versões do jogo mostrado no filme, para arcade e para o console do Atari, foram desenvolvidas, mas nunca comercializadas. – por Leonardo Ribeiro

 

Super Mario Bros. (1993)
Vergonha alheia. Não tem outra maneira de definir o atentado ao cinema que foi esta adaptação de um dos mais famosos (senão o principal) personagens da história dos videogames. Aliás, só por este motivo conta aqui na nossa lista. O encanador Mario até teve em Bob Hoskins um intérprete à altura (literalmente), ainda com mais com o bigodinho em destaque, mas John Leguizamo como seu irmão Luigi? Tem certeza disso? As bobagens não param por aí. O King Koopa dos games, um bicho que mistura dragão com tartaruga, virou Dennis Hopper com “coquinhos” na cabeça. Mas ok. Até pode ser um guilty pleasure se você estiver de bom humor, já que todas as referências ao jogo estão lá, ainda que menos coloridas e tão “na cara” assim. Mesmo com Roxette na trilha e os astros envolvidos, além de Mario por si só, o filme afundou nas bilheterias, arrecadando metade do que custou. Não se sabe como ainda houve coragem dos estúdios para adaptar novos games para a tela já em seguida deste fracasso. Com os efeitos de hoje em dia, será que uma nova adaptação do encanador da Nintendo não tomaria outra (e melhor) forma? É de se pensar… – por

 

Street Fighter: A Última Batalha (Street Fighter, 1994)
Esta adaptação do popular game da Capcom é uma das produções mais engraçadas realizadas na década de 1990. O problema desta afirmação é que boa parte do humor é involuntário. Com orçamento capenga, basicamente utilizado para pagar os salários de Jean-Claude Van Damme e Raul Julia, o longa-metragem dirigido por Steven E. de Souza capricha nas frases de efeito, enquanto tenta engambelar o espectador com atuações risíveis, cenários pobres e figurinos vagabundos que qualquer cosplayer teria vergonha de usar. É notável que existe uma vontade de transportar os personagens do game para a telona com algum esmero. Temos Ming-Na Wen e Kylie Minogue chegando perto de suas versões em 16 bits, vivendo respectivamente Chun-Li e Cammy, mas é difícil engolir Van Damme como um coronel americano – tomando o lugar dos protagonistas do game, Ryu e Ken. Raul Julia (em seu último papel) foi até indicado a prêmio no Saturn Award, mas sua doença em estado avançado visivelmente podou sua performance. Sobram algumas cenas engraçadas nesta produção campy e o destaque vai para a derradeira sequência mostrando cada um dos atores interpretando a pose de vitória dos seus personagens no jogo. Os fãs de Street Fighter esperavam muito mais. – por Rodrigo de Oliveira

 

Mortal Kombat (1995)
Violência extrema, personagens bizarros, decapitações e muito sangue, tudo isso faz parte da série Mortal Kombat, bastante popular entre os fãs de jogos de luta. O sucesso da franquia eletrônica não podia passar despercebido pelo cinema. Em 1995, chegou às telas a versão cinematográfica dirigida por Paul W. S. Anderson, um filme meio tosco e não necessariamente fiel ao espírito sanguinário original, um guilty pleasure exibido à exaustão na televisão, precursor de muitos outros longas derivados do jogo, alguns tão divertidos quanto ele, outros nem ao menos dignos de uma mera lembrança nostálgica. Na trama, três lutadores talentosos são atraídos para uma ilha onde enfrentam inimigos, no mínimo, estranhos. Falta sangue, falta terror, falta aquela voz cavernosa dizendo “Finish Him”, falta um bando de coisa para aproximar o filme do espírito do jogo. Contudo, comparado às pífias adaptações de Street Fighter (1994) e Super Mário Bros (1993), que haviam estreado um pouco antes, esta se sobressai. Tem muita coisa risível, como os (d)efeitos especiais, a luta entre Johnny Cage e o “temível” Goro, o Raiden “Highlander” demais de Christopher Lambert, mas, para quem desferiu golpes e tentou fatalities no videogame, é até divertido. – por Marcelo Müller

 

eXistenZ (1999)
A ideia de jogos de realidade virtual sempre fascinou o cinema. Entre as produções que abordam o tema está este instigante trabalho de David Cronenberg, que apresenta a personagem Allegra Geller (Jennifer Jason Leigh), uma renomada designer de games, prestes a lançar sua mais nova criação, eXistenZ. Durante um evento de divulgação, Allegra sofre um atentado realizado por fanáticos opositores à realidade virtual e foge acompanhada pelo segurança Ted Pikul (Jude Law). Quando os dois decidem testar o jogo, os limites entre real e virtual se tornam cada vez mais nebulosos e perigosos. As transformações do corpo resultantes de processos físicos ou psicológicos sempre foram o objeto de estudo principal do cinema de Cronenberg, e aqui não é diferente. A ligação carnal, e de forte apelo sexual, entre máquina e seres humanos é representada pelo console do videogame, que possui uma estética orgânica, sendo ligado diretamente ao corpo do jogador através de uma “bioporta” instalada na base da espinha. Este universo grotesco e surreal, típico do diretor, serve para abrigar uma trama intrincada repleta de reviravoltas e que discute o futuro de nossa relação com a tecnologia. “Ainda estamos no jogo?” é a pergunta que Cronenberg nos deixa. – por Leonardo Ribeiro

 

Lara Croft: Tomb Raider (2001)
Angelina Jolie sempre chamou atenção – seja pelo talento, pela beleza ou pelo fato de ser filha de Jon Voight, grande astro de Hollywood. No entanto, após ganhar o Oscar por Garota, Interrompida (1999), foi alçada à condição de superestrela, e o projeto à altura do estrelato recém-adquirido que escolheu foi essa versão do game estrelado pela heroína Lara Croft, uma espécie de Indiana Jones de saia que vivia de caçar tesouros perdidos pelo mundo. No entanto, mesmo que a direção de Simon West seja correta e o elenco de coadjuvante não comprometa – com participações do 007 Daniel Craig e até do velho Voight, vivendo na ficção o mesmo papel que desempenha na vida real – Jolie acabou indicada à Pior Atriz do ano nas temidas Framboesas de Ouro – feito que repetiu na continuação – Lara Croft: Tomb Raider – A Origem da Vida (2003) – produzida a toque de caixa para aproveitar qualquer resquício de popularidade do personagem. O certo é que os dois filmes deixaram a desejar, ainda que o primeiro seja a adaptação de um videogame de maior sucesso nas bilheterias até hoje. O que é um bom indício pra perceber que essa fonte de inspiração, definitivamente, não é das melhores. – por

 

Resident Evil: O Hóspede Maldito (Resident Evil, 2002)
Adaptado dos bem sucedidos jogos de survivor horror da Capcom, Resident Evil: O Hóspede Maldito é um exemplar razoável do gênero, ainda mais se levarmos em conta o que adaptações de games costumam virar quando transpostas para as telonas. Depois de uma tensa sequência inicial em que assistimos ao sistema de defesa de uma grande instalação da Umbrella Corporation matar a todos os seus funcionários, somos levados até Alice (Milla Jovovich), que sem lembrar quem é ou onde está, é logo abordada por uma equipe tática cujo objetivo é ir até a tal instalação, chamada de Colmeia, e descobrir o que houve. Enfrentando um sistema de segurança rigoroso e mortal, o grupo logo descobrirá que os empecilhos tecnológicos não são o seu pior problema, principalmente quando descobrem que todos os funcionários mortos agora estão caminhando outra vez como zumbis, caçando-os para devorá-los. Contando ainda com a presença de Michelle Rodriguez, interpretando o mesmo tipo de sempre, Resident Evil: O Hóspede Maldito se revela um filme complexo – sem risos, por favor, pois tenho consciência que escrevi isso logo depois de citar cães zumbis… – por Yuri Correa

 

Scott Pilgrim Contra o Mundo (Scott Pilgrim vs. the World, 2010)
Scott Pilgrim Contra o Mundo pode até ser uma adaptação de quadrinhos (no caso, a graphic novel de Bryan Lee O’Malley), mas a influência que os videogames têm aqui fica clara logo no primeiro segundo de projeção, quando o logo da Universal aparece em formato 8-bit. Na verdade, é mais do que uma influência, já que o diretor Edgar Wright criativamente usa o formato dos jogos como parte importante tanto da estética quanto da história do longa, o que acaba sendo responsável por boa parte da diversão proporcionada pela narrativa. No filme, o personagem-título (interpretado por Michael Cera) se vê tendo que lutar contra os sete ex-namorados de sua nova paixão, a bela Ramona Flowers (Mary Elizabeth Winstead), para poder ficar com ela, o que a princípio pode parecer bobo, mas no fim resulta em uma produção admirável em diversos sentidos. Repleto de ótimas sacadas, algo que chega ao ponto de trazer o protagonista utilizando uma “vida” para continuar o jogo decisivo pelo coração da amada, Scott Pilgrim Contra o Mundo é um filme que empolga no mesmo nível que diverte, fazendo o público sair contagiado com toda a energia vista em seu riquíssimo universo.  – por Thomás Boeira

 

Detona Ralph (Wreck-it Ralph, 2012)
Realizando o sonho de inúmeros gamers que sonhavam em ver os seus jogos favoritos de infância ganharem espaço nas telonas, Detona Ralph juntou o saudosismo deste público à sede de aventura e pancadaria da nova geração em uma animação alucinante. Criativo, carismático e ágil, o filme da Disney nos leva para dentro do universo dos consoles de videogame, um mundo coabitado por todos os seus personagens, dos mais primários aos mais modernos. Ralph, porém, é um vilão e está cansado de ser menosprezado por seus colegas de jogo, então decide abandoná-lo para tentar ser herói em outro lugar. É assim que o bruto e gigante protagonista vai parar na doce e delicada terra de Vanellope, uma corredora que quer acima de tudo se tornar rainha do seu próprio game. Porém, em seu caminho está o ambicioso Rei Doce e uma ou outra confusão que Ralph pode ter arranjado misturando alguns jogos. – por Yuri Correa

As duas abas seguintes alteram o conteúdo abaixo.

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