Dando continuidade à fórmula de sucesso de Guardiões da Galáxia (2014), mesclando o tom aventuresco das space operas ao humor escrachado, a sequência, Guardiões da Galáxia Vol. 2 (2017), trouxe a resposta para o grande mistério levantado no primeiro longa: a identidade do pai de Peter Quill (Chris Pratt). Apresentando uma origem que difere da dos quadrinhos, o diretor James Gunn surpreendeu o público ao eleger Ego, o Planeta Vivo, como progenitor do Senhor das Estrelas. Criado na década de 1960 por Stan Lee e Jack Kirby, fazendo suas primeiras aparições nas histórias de Thor, Ego é, como o próprio nome já diz, um planeta com consciência, capaz de assumir diferentes formas e de transformar outros mundos em extensões de si mesmo. Foi com o objetivo de propagar sua existência pela galáxia que Ego se materializou na Terra, se relacionando com a mãe de Quill para “plantar sua semente” no planeta. Com essa qualidade insólita e extravagante, o personagem acabou se encaixando perfeitamente no universo dos Guardiões construído por Gunn, tornando-se um acerto ainda maior com a escolha de Kurt Russell para interpretá-lo em sua encarnação humana. Carismática e imponente, a persona do ator, forjada em clássicos como Fuga de Nova York (1981) e Os Aventureiros do Bairro Proibido (1986), serve com precisão ao ideal paterno imaginado por Quill, imerso em suas referências pop oitentistas. Além disso, assim como ocorre com outros antagonistas (Thanos, Hela, Loki), os laços familiares potencializam a carga dramática do conflito com o herói e, neste caso específico, fortalecem também a dinâmica de Quill com seu “outro pai”, Yondu (Michael Rooker). Todos esses motivos fazem de Ego um dos vilões mais inusitados e marcantes do universo cinematográfico da Marvel
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