Ele foi chegando de mansinho. Deu o ar da graça na cena pós-créditos de Os Vingadores (2012), foi o grande mandante por trás das ações maquiavélicas em Guardiões da Galáxia (2014)… enfim, todos os problemas universais do UCM tem o dedo de Thanos (Josh Brolin). Porém, nesse terceiro exemplar da reunião dos maiores super-heróis da Terra, quem diria que o vilão não seria apenas, claro, o antagonista, mas o protagonista real do longa? Aqui, tudo gira em torno do titã, algo claro desde o início, em seu ataque à nave asgardiana e as primeiras grandes baixas do filme. Sua busca pelo poder com as seis joias do infinito tem um motivo plausível e quase heroico (não fosse pelo genocídio causado): ele quer que as pessoas entendam que os recursos do universo são finitos e é preciso controle. Só que, ao invés de ensinar, Thanos prefere fazer as coisas de maneira mais radical: eliminando a metade da população de cada planeta, de forma aleatória, para que o resto prospere. Ir de planeta em planeta é uma tarefa árdua… com a manopla do infinito e as seis joias, basta estalar os dedos para que tudo aconteça. Uma busca solitária, que, obviamente, gera mais inimigos do que se pode imaginar. Com um CGI perfeito e uma atuação brilhante de Josh Brolin na dublagem, Thanos virou o protagonista ideal e o vilão mais complexo do UCM. Sua jornada solitária faz com que os poucos entes amados se voltem contra ele. Como condenar? Assim como nas HQs, o personagem não se enxerga como vilão, mas sim na condição de salvador. Equivocado? Com certeza. Mas não menos carismático. Porém, quando os dedos estalam, será que tudo valeu a pena para o último titã?
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