18° FESTIVAL DO RIO (5 a 15 de outubro)
De acordo com o site oficial da Prefeitura de Borá, esse é “o menor município do Estados de São Paulo”. Há, também, o orgulho de possuir o “recorde de penetração no Facebook, onde 93% da população com idade maior de treze anos encontra-se na rede social”. Porém, em setembro de 2012, um desabafo do prefeito da época, feito no próprio Facebook (onde mais?), revelou ao mundo um curioso conflito local. Ao mesmo tempo em que ele incentivava o progresso e o crescimento da cidade, isso gerou não apenas uma diminuição no êxodo dos habitantes em busca de melhores condições de vida, como também atraiu moradores de cidades vizinhas, que para lá começaram a se mudar. Resultado? Borá perdeu seu duvidoso título de a “cidade menos populosa do país”, o que deixou muita gente descontente na região. O diretor Angelo Defanti (o mesmo do divertido longa Meia Hora e as Manchetes que Viram Manchete, 2014) e sua equipe, portanto, foram até lá para tentar entender o que estava acontecendo. O que encontraram? Portas e janelas fechadas, negativas e rejeições. Assim, recursos ficcionais foram necessários para se contar a história desse inventivo documentário, que passou a ganhar forma através de um texto escrito por Daniel Galera (autor dos romances originais que gerou os dramas Cão Sem Dono, 2007, e Prova de Coragem, 2016). Assim, o vazio de uma comunidade que parece estar satisfeita em viver na contramão não só surpreende como também provoca reflexão, mostrando que nem sempre as respostas mais óbvias são, também, as corretas
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