Top Top :: Cinco motivos para assistir nos cinemas ao filme Duetto

Publicado por
Victor Hugo Furtado

E não é que Marieta Severo está dando as caras aqui no Top Top novamente? Após ser tema do Cinco motivos para assistir nos cinemas ao filme Aos Nossos Filhos, a diva da sétima arte nacional está de volta com Duetto (2022), drama que está disponível desde 29 de setembro no circuito nacional de cinemas. Além da grande atriz, o projeto ainda conta com diversos nomes nacionais e internacionais na equipe de intérpretes, além de uma dupla veterana de roteiristas. Tudo isso, para contar uma história de amadurecimento, em que a jovem Cora (Luisa Arraes), viaja com a avó (Marieta) para a Itália. Enquanto testemunha velhos ressentimentos vindo à tona em reencontros nem sempre amigáveis, a moça se desenvolve intimamente em solo europeu. Diante de tantos assuntos presentes na obra, resolvemos promover as 05 razões para o leitor do Papo de Cinema ir assistir ao longa na tela grande. Confira a seguir!

01. O reencontro de Marieta

Ambientado na Itália, o enredo recupera o passado real de Marieta Severo. Isso porque a estrela retorna ao país mais de cinco décadas depois do exílio autoimposto por ela, e o ex-marido Chico Buarque, para fugir da Ditadura Militar (1964-1984) que comandava o Brasil. Com um roteiro falado em italiano e português, a tarefa se tornou mais simples para a atriz, já que ela domina o idioma desde os anos de chumbo. Para o restante do elenco… haja cursinho e app de tradução.

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Duetto :: Entrevista em vídeo com Marieta Severo (Exclusivo)

02. Os responsáveis

Cheio de misturas étnicas e geracionais, o longa contou com veteranos do cinema nacional para o comando da empreitada. Na direção, Duetto tem a experiência de Vicente Amorim, cineasta indicado a Melhor Roteiro Adaptado no Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro por A Divisão: O Filme (2021). Além desse, o diretor – que já foi destaque dos festivas de Cartagena, Gramado, Guadalajara, Havana e San Sebastián – também já dirigiu a coprodução Reino Unido/Alemanha Um Homem Bom (2008), Motorrad (2017) e A Princesa da Yakuza (2021).

Ao lado de Vicente, dois premiados roteiristas tiveram a missão de construir o argumento do projeto. De um lado, temos Rita Buzzar, que também já foi nomeada ao Prêmio Guarani. Entre 2005 e 2010, a escritora foi lembrada pela Academia pelos seguintes títulos: Olga (2004) e Budapeste (2009). E além dela, João Segall também esteve na mesa de criação. Com cinco filmes na bagagem, João é conhecido por coescrever o argumento de 30 Anos Blues (2019).

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03. A protagonista

Queridinha do cinema brasileiro desde que interpretou a pequena dama de honra de Lisbela e o Prisioneiro (2003), comédia do pai Guel Arraes, Luisa Arraes está estreando como protagonista de um filme. Mas não se engane, até hoje, a artista de 29 anos já integrou o elenco de nove longas, como Reza a Lenda (2016) e Rasga Coração (2018). Alem disso, claro, é figura frequente das telinhas Brasil afora, tendo marcado presença em três novelas e em diversas séries.

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04. O galã de ontem

Para as gerações mais novas, talvez Giancarlo Giannini seja apenas um senhorzinho italiano contracenando com Dona Nenê (Marieta em A Grande Família, 2001-2014) em Duetto. Entretanto, bastam alguns cliques de pesquisa, ou apenas lembrar de Rene Mathis em 007: Cassino Royale (2006) e 007: Quantum of Solace (2007), para perceber a presença de um ícone italiano. Isso porque Giannini foi, além de um astro premiado, um galã de marca maior do cinema de sua época. Dono de uma indicação ao Oscar de Melhor Ator em 1977 por Pasqualino Sete Belezas (1975), Giancarlo fez fama ao protagonizar trabalhos da cineasta Lina Wertmüller, como o já citado, que o levou ao prêmio máximo do cinema mundial, e os antecessores Mimi, o Metalúrgico (1972) e Por Um Destino Insólito (1974).

05. O galã de hoje

E se um galã do passado se faz presente, Duetto haveria de contar com um equivalente contemporâneo. Mesmo sem as honrarias de Giannini, Michele Morrone que está arrancando suspiros como o mafioso Massimo Torricelli na saga 365 Dias é um dos nomes envolvidos na produção brasileira. Em entrevista ao Papo, em tom de descontratação, a própria Luisa se surpreendeu com a fama que o ator de 365 Dias (2020), 365 Dias: Hoje (2022) e 365 Dias Finais (2022) ganhou nos últimos tempos. Nas palavras da atriz: “ainda bem que gravamos há alguns anos. Imagina se fosse hoje? Como gravaríamos uma cena com o Michele na praia? Haveria lotação”, brincou ela. 

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Fanático por cinema e futebol, é formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Feevale. Atua como editor e crítico do Papo de Cinema. Já colaborou com rádios, TVs e revistas como colunista/comentarista de assuntos relacionados à sétima arte e integrou diversos júris em festivais de cinema. Também é membro da ACCIRS: Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul e idealizador do Podcast Papo de Cinema. CONTATO: victor@papodecinema.com.br