Ele está de volta! O Top Top mais uma vez chega em ótimo momento para te auxiliar na hora de descobrir os destaques do cinema. O longa da vez é Mais Pesado é o Céu (2023), que estreou nos cinemas brasileiros no último 08 de agosto. No filme nacional, seguimos Teresa. Desnorteada após acolher uma criança abandonada, ela conhece Antônio, e os dois começam uma jornada pelas estradas. Eles compartilham um passado em comum, que são as lembranças de uma cidade submersa no fundo de uma represa. Mas o que esperar da trama? Quais são os envolvidos? Para falar sobre essas e outras questões, resolvemos organizar cinco razões para o nosso leitor estar preparado na hora de comprar o ingresso. Confira a seguir!
Elogiado pela mídia especializada, o enredo explora a complexidade da vida urbana e os desafios emocionais enfrentados pelos personagens em um ambiente opressor e desencantado. A história destaca a luta interna dos protagonistas para encontrar esperança e sentido em meio ao caos, refletindo temas de alienação e desilusão. Dessa forma, oferece uma crítica social que ressoa com questões contemporâneas de desconexão e crise pessoal de cidadãos que vivem à margem da sociedade. Na crítica publicada no Papo, o editor-chefe do site, Robledo Milani destaca esses pontos. Segundo ele, o longa apresenta “um Brasil que se recusa a morrer, a se deixar levar, mas que não se cansa de sofrer, da dor que o abate, mas não lhe derruba”. Confira a crítica completa aqui.
E quem comanda esse sensível projeto é Petrus Cariry. Membro de uma família de profissionais de cinema – que também conta com Rosemberg Cariry (pai) e Bárbara Cariry (irmã) – ele é autor de filmes premiados. Com títulos como Mãe e Filha (2011), Clarisse ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois (2015), entre outros, Petrus foi destaque de festivais como Bogotá, Cine Ceará, Gramado, Havana e Cine PE. De assinatura inconfundível, sempre com atenção especial à fotografia, o realizador é conhecido por sua exploração profunda da cultura brasileira, com um foco especial nas tradições e mitos do nordeste. Seus filmes se destacam pela abordagem poética e rica visualmente, muitas vezes incorporando elementos surrealistas e simbólicos que criam experiências sensoriais.
LEIA MAIS
– Especial :: 5+1 :: Petrus Cariry
Quem lidera os acontecimentos é a dupla encarnada por Ana Luiza Rios e Matheus Nachtergaele. Ana, de 37 anos, é natural de Manaus, no Amazonas, e começou sua trajetória nas telonas em 2014, com o curta A Era de Ouro. Sua estreia em longas acaonteceu e O Último Trago (2016), que rapidamente a deixou popular no cenário cinematográfico nacional. A Filha do Palhaço (2022) é outro destaque de sua filmografia. Por Mais Pesado é o Céu, Ana ganhou o Troféu Especial do Júri no Festival de Gramado 2023 e levou a categoria de Melhor Atriz no Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá do mesmo ano. Já Matheus é considerado um dos grandes atores brasileiros de sua geração. Estrela de produções brasileiras consagradas a nível mundial, como O Que é Isso, Companheiro? (1997), Central do Brasil (1998) e Cidade de Deus (2002), o eterno João Grilo, de O Auto da Compadecida (2000), é detentor de diversos prêmios e indicações em festivais de cinema, como Troféu APCA, Prêmio Guarani, Festival de Gramado e Los Angeles Brazilian Film Festival, além de destaque no Festival de Cannes.
CONFIRA TAMBÉM
– Mais Pesado é o Céu :: Entrevista com Matheus Nachtergaele
– Mais Pesado é o Céu :: Entrevista com Ana Luiza Rios
E os melhores suportes que Ana e Matheus poderiam ter estão representados por Sílvia Buarque, Danny Barbosa e Buda Lira, que formam um triângulo de apoio aos protagonistas. Em Mais Pesado é o Céu, Sílvia é Fátima, principal amparo a surgir na vida de Teresa e Antonio. Desprovidos de qualquer assistência, Fátima lhes oferece um norte a seguir, lhes ajudando com moradia, alimento e, principalmente, bons conselhos. Na outra ponta, temos Danny como Letícia, que tenta auxiliar Teresa a arranjar um trabalho honesto e, no mínimo, digno. Ao mesmo tempo, a própria Letícia percebe que Teresa está mais longe do objetivo do que pensa. Já Buda Lira é Zé, caminhoneiro que cruza o caminho de Antonio ainda nos primeiros instantes do filme. Com Zé, o exausto Antonio descobre uma boa conversa que, aparentemente, não tinha há tempos com alguém. Em paralelo, ambos firmam uma pequena parceria profissional.
CONFIRA TAMBÉM
– Mais Pesado é o Céu :: Entrevista com Danny Barbosa
– Mais Pesado é o Céu :: Entrevista com Sílvia Buarque
Antes de chegar ao circuito, Mais Pesado é o Céu viajou intensamente, sendo exibido em diversas janelas, nacionais e internacionais. A obra começou sua trajetória em agosto de 2023, sendo aplaudido pelo público do Festival de Gramado 2023. Dahttps://www.papodecinema.com.br/artistas/ana-luiza-rios/ Serra Gaúcha, aliás, o longa saiu com os Kikitos de Melhor Fotografia, Montagem, Direção e com o Troféu Especial do Júri. No mês seguinte, a obra já estava sendo conferida no Festival de Oldemburgo, na Alemanha, onde conquistou o Troféu “Spirit of Cinema”. Em um tour pelos EUA, começou brilhando no Festival do Brooklyn, onde conquistou o prêmio de Melhor Fotografia. A obra de Petrus continuou a encantar em Hollywood, sendo celebrada no Los Angeles Brazilian Film Festival. Finalizando sua viagem na Yankland, foi aclamada no Philadelphia Latino Film Festival. E antes de voltar para casa, onde foi apresentado no Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá (garantindo as categorias de Melhor Fotografia e Atriz para Ana Luiza) e na 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo (2023), o filme ainda visitou novamente a Europa, saindo do Festin Lisboa Film Festival com os troféus de Melhor Filme e Direção. E aí? Será que a aposta tem boas credenciais?
LEIA MAIS
– Mais Pesado é o Céu :: Destaque em festivais, drama dirigido por Petrus Cariry acumula premiações
E aí? Se interessou? Pois saiba que essa história está em cartaz em diversas salas de cinema. Confira locais de exibição clicando aqui. A seguir, fique com o trailer.
