Top Top :: Cinco motivos para assistir nos cinemas ao filme Nada é por Acaso

Publicado por
Victor Hugo Furtado

E não é que tem novo filme nacional de temática espírita no circuito? Dirigido por Márcio Trigo (Xilindró, 2020), o drama Nada é por Acaso (2022) estreou em 17 de novembro pela Imagem Filmes. Mesmo seguindo esse filão religioso/filosófico que se tornou tão popular nos últimos anos, esta é a primeira vez que um longa é baseado na obra de uma das mais famosas escritoras do gênero no país. Na trama, depois de supostamente voltar de viagem, Marian pretende apenas seguir em frente sem olhar para trás. Contudo, seus encontros frequentes com Maria Eugênia podem significar algo além dessa vida terrena. Mas quem é a autora desse enredo? Quem são os artistas envolvidos? Para falar sobre essas e outras questões, resolvemos promover as 05 razões para o leitor do Papo de Cinema ir assistir ao projeto na tela grande. Confira a seguir!

01. A estreia de um experiente

Embora atue como cineasta desde 1992, quanto participou do programa Casseta & Planeta Urgente, esta é a primeira vez que Márcio Trigo assume a direção de um longa para as telonas. Entretanto, dos anos 1990 pra cá, comandou episódios do infantil Sítio do Picapau Amarelo (2001-2002), do policial Linha Direta (2005-2006) e do familiar O Relógio da Aventura (2010-2011). Aliás, pouca gente sabe, mas Márcio chegou a fazer figuração no clássico Bete Balanço (1984), ao lado de Débora Bloch. Pois bem, quilometragem de set não lhe falta, não é mesmo?

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02. Estrelas em ascensão

As responsáveis por protagonizar a trama são as atrizes Giovanna Lancellotti e Mika Guluzian. Mika ainda está debutando na telona, mas integrou o elenco de Pacto de Sangue, em 2018. Em seguida, temos Giovanna que, mesmo famosa por seu trabalho na teledramaturgia, participou de seis longas nos últimos quatro anos, tais como a comédia Tudo Acaba em Festa (2018) e a fantasia Eu Sou Mais Eu (2019). Enquanto Guluzian ainda dá seus primeiros passos na sétima arte, Lancellotti está cada vez mais inserida na produção cinematográfica nacional. Vale ficar atentado ao talento de ambas.

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03. Cinema espírita nacional

Nada é por Acaso (2022) é mais um dos filmes nacionais espíritas do circuito, tema que provou ser de interesse maior de uma parcela da população brasileira. O grande boom desse tipo de produção teve início na virada da última década com o já citado Chico Xavier (2010). Estrelada por Nelson Xavier, a cinebiografia comandada por Daniel Filho foi indicada a cinco categorias do 16° Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro e, em apenas 10 dias em cartaz, levou mais de 1,3 milhão de espectadores aos cinemas, abrindo espaço para outras narrativas semelhantes que lograram um bom espaço nas telas do país. A partir desse, vieram os filmes-irmãos Nosso Lar (2010), As Mães de Chico Xavier (2011) e E a Vida Continua… (2012). As recentes produções Divaldo: O Mensageiro da Paz (2019), Kardec: A História por Trás do Nome (2019) e Predestinado (2022) também são bons exemplos do exitoso gênero.

04. De olho nos coadjuvantes

Compondo o elenco, pelo menos três nomes se destacam no apoio às personagens principais. O primeiro deles é Rafael Cardoso, que ficou famoso na TV no final dos anos 2000. Porém, na última década, vem descobrindo seu lugar no cinema nacional, estrelando projetos de destaque como O Rastro (2007). Ainda mais experiente é Fernando Alves Pinto. O intérprete, desde os anos 1990 até hoje, integrou mais de 50 produções e foi indicado duas vezes ao Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro. Aliás, tratando-se de Nada é por Acaso (2022), Fernando já esteve envolvido em outra aposta do gênero: Nosso Lar (2010). Por fim, o também nomeado ao Guarani e vencedor de três Candangos no Festival de Brasília, Werner Schünemann, também é um dos integrantes desse time. Na labuta cinematográfica desde os anos 1980, Werner é o veterano da equipe.

05. Zíbia Gasparetto

Idealizadora de diversas publicações, a obra da escritora espiritualista Zíbia Gasparetto ainda não havia sido adaptada para o cinema. Enfim, demorou, mas aconteceu. Isso porque o filme em questão é inspirado no livro homônimo de Zíbia, que foi publicado pela primeira vez em 2006 e trata de aspectos delicados do casamento, da criação de um filho não biológico, das armadilhas da ganância e da sede de poder. Infelizmente, a autora, falecida em 2018, não poderá conferir a empreitada.

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Fanático por cinema e futebol, é formado em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Feevale. Atua como editor e crítico do Papo de Cinema. Já colaborou com rádios, TVs e revistas como colunista/comentarista de assuntos relacionados à sétima arte e integrou diversos júris em festivais de cinema. Também é membro da ACCIRS: Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul e idealizador do Podcast Papo de Cinema. CONTATO: victor@papodecinema.com.br