Chegou a hora de conferir de perto o aguardado documentário Sapato 36 (2022)! Disponível no circuito de cinemas nacionais desde 04 de agosto, o projeto de Petrônio Lorena revela o futebol de várzea de Santo Amaro, tradicional bairro recifense. Apresentando um universo de figuras repletas de histórias pessoais, conta com um diretor experiente, personagens populares e uma boa carreira internacional. Diante da diversidade de assuntos presentes na obra, resolvemos promover um Top 05 razões para o leitor do Papo de Cinema ir assistir ao longa na tela grande. A seguir, fique com os tópicos!
01. Paixão nacional
Essa é fácil, não é mesmo? Sapato 36 tem o futebol como pano de fundo de uma grande mistura de fábulas e, de acordo com dados da recente pesquisa realizada pelo IBOPE Repucom, apesar do crescente interesse por voleibol e basquete, o futebol segue sendo a maior paixão entre os fãs de esporte no Brasil. Criado na Inglaterra em 1863, foi necessário “apenas” pouco mais de 50 anos para que tornássemos a prática uma excelência por aqui. Aliás, o que seriam dos grandes clubes europeus sem os muitos craques que dos campinhos saíram? Esses e outros elementos popularizam a trama do projeto audiovisual. Inclusive, não custa ressaltar, quantas Copas do Mundo temos mesmo?
02. Identificação rápida
Já citado anteriormente, o futebol de várzea se tornou ao longo dos anos uma brincadeira muito séria pelas periferias do país. Ao leitor do Papo de Cinema, é hora fazermos uma pergunta crucial: “algum familiar seu já jogou em campos amadores?”. A resposta nós imaginamos. Não é necessário percorrer muitas quadras para encontrar um clube de baixíssimo orçamento – repleto de patrocínios de microempresas – jogando como se estivessem em uma final de Mundial. E, claro, nas adjacências desse espaço não podem faltar homens de meia idade bebendo cerveja, uma carne sendo assada e crianças correndo por todos os lados. Sapato 36 está carregado desse folclore.
03. O diretor
O responsável por comandar esse registro é Petrônio Lorena, profissional que vale à pena ficar atento. Se não, vejamos: antes do filme em questão, o diretor realizou O Gigantesco Imã (2015), um desdobramento do curta-metragem O Som e a Luz do Trovão (2005), também dirigido por Lorena e Tiago Souza. Em seguida, idealizou O Silêncio da Noite (2018), que chegou à seleção oficial da 40ª Mostra de São Paulo. Aliás, ambas empreitadas possuem críticas positivas aqui no Papo de Cinema. Além disso, Lorena também é músico, idealizador da banda Petrônio e as Criaturas, e atua como compositor da trilha de Sapato 36. Na seleção de faixas que embalam o longa, estão títulos originais, como “Passa a Bola“, em clima de rock balançado, “Sonho de Shampoo“, um fado, e o samba “Clássico de Domingo“, todos projetados por Petrônio e Guga S. Rocha.
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04. Passagem por festivais
A empreitada percorreu um longo caminho até, de fato, voltar para casa. Isso porque o projeto foi selecionado para diversos festivais de cinema no Brasil e no exterior. Na relação divulgada pelos realizadores, estão presentes exibições em países como Rússia, Itália e Índia, por exemplo. Além, é claro, de projeções em terras tupiniquins. Aliás, saiu de todas essas festas com honrarias. No Brasil, foi premiado como Melhor Som no Festival de Cinema de Soledade (PB) e Melhor Documentário na Mostra Arretada Seridó Cine (RN). Em âmbito estrangeiro, faturou a categoria de Melhor Documentário nos festivais Emerald Peacock (São Petersburgo/Rússia), Paradise Film Festival (Budapeste/Hungria) e 195 Countries International Film Festival (Patna/Índia).
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05. Personagens populares
Por fim, além de apresentar um ambiente tão rico e íntimo para os brasileiros, o enredo também conta com dois estimados indivíduos. Num espectro mais técnico, o ex-futebolista Ricardo Rocha conta como foi sua juventude pelos campos menos afortunados. Isso até vestir as camisetas de Santa Cruz, São Paulo, Real Madrid, Santos, Vasco, Fluminense e Flamengo. Ah! E, claro, Rocha foi tetracampeão da Copa em 1994. Do outro lado, num tom mais lúdico, está Mauro Shampoo. Carismático, o cabeleireiro e ex-jogador ficou conhecido por ser o jogador-símbolo do Íbis Sport Club, o pior time do mundo segundo o Guinness World Records. Ele vestiu a camisa 10 do clube entre 1982 e 1990 e fez apenas um único gol em 14 anos de carreira.
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