Ao sair da minha primeira sessão de filmes aqui no FICA, me deparei de imediato com uma turma de peso no cenário cinematográfico nacional. Estavam reunidos, lado a lado na frente do Cine São Joaquim, quatro importantes nomes da atual produção brasileira: Vladimir Carvalho, Evaldo Mocarzel, Kiko Koifman e João Batista de Andrade. Não é qualquer festival que consegue reunir um grupo como esse!
Vladimir, Evaldo e João fazem parte do júri oficial, ao lado de nomes como André Trigueiro (jornalista, apresentador da Globo News), Daniele Gaglianone (cineasta italiano), Laerte Guimarães (pesquisador e doutor em ciências ambientais) e Philippe Dubois (francês, professor da Sorbonne e autor de artigos e ensaios sobre cinema). Já Kiko, como já comentei antes, está por aqui participando de debates, como convidado especial.
Os quatro eu já tive oportunidade de entrevistar em ocasiões anteriores. Vladimir nos festivais de Brasília (em 2006, quando concorreu com O Engenho de Zé Lins) e em Gramado (em 2007, quando foi um dos homenageados). É uma figura ímpar, uma pessoa querida, simpática e muito inteligente. Sempre é um imenso prazer conversar com ele. Evaldo eu conheço de longa data. Ele já participou do Festival de Gramado em mais de uma ocasião, com filmes como Do Luto à Luta (2005) e À Margem da Imagem (2003), sempre obtendo bons resultados de público e crítica. Em Brasília (2006) conversei com ele sobre Jardim Ângela, longa que permanece inédito no circuito comercial. O cara simplesmente não pára!
João Batista de Andrade, diretor de filmes como Doramundo (1977), O Homem que Virou Suco (1979), O País dos Tenentes (1986), O Tronco (1999) e Veias e Vinhos (2006), é um cineasta em constante atuação. De personalidade calma e serena, entende como poucos do riscado. Por fim Kiko Goifman é um maluco, no melhor dos sentidos. Diretor de filmes como o personalíssimo 33 (2002) e o irregular Atos dos Homens (2006), é um profissional que ainda não revelou todo o seu potencial.
Cacá Diegues, o grande homenageado deste 10º FICA, disse que o melhor dos festivais é a possibilidade de troca de idéias, filmes e projetos. Só por proporcionar um encontro como o que presenciei, o FICA 2008 já está mais do que justificado!
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