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Ele morava em Porto Alegre e tinha o sonho de alcançar 1 milhão de views com seu canal no YouTube. Em menos de um ano, tudo mudou. Marcus Duprat saiu do Rio Grande do Sul com uma bolsa de estudos rumo a Europa e hoje é um dos profissionais por trás dos efeitos especiais do mais recente filme da Marvel, Thor: Ragnarok (2017) – ainda em cartaz nos cinemas.

O brasileiro fez parte da equipe de FX do filme, ou seja, ele foi um dos técnicos que criaram os raios do herói e as explosões do longa. “FX é uma coisa que exige muito raciocínio lógico, muita matemática. Saber vetor, matriz e um pouco de física. É preciso prestar atenção no mundo real, para simular ele na tela”, explica.

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Marcus Duprat

Marcos nasceu em Novo Hamburgo. Desde muito cedo, se apaixonou pelo cinema assistindo aos filmes que a sua avó, dona de uma locadora, lhe emprestava. Logo começou a gravar seus primeiros curtas com a câmera da família. Quando assistiu ao Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros (1993), de Steven Spielberg, sabia que era aquilo era especial. “Eu lembro de assistir a um programa na televisão de making of e aquilo me impressionou muito”, recorda.

Depois de me formar em cinema, fui pra Londres pra tentar trabalhar com filmes”. Essa primeira tentativa, porém, não deu certo. Na volta para o Brasil, Marcus lançou um canal no YouTube com amigos e passou a fazer curtas de baixo orçamento. “Na época, não sabia quase nada de efeitos especiais, mas botei na cabeça que iria lançar um curta por semana”, lembra. Para ele, foi isso que fez com que aprendesse a fazer efeitos especiais na base da tentativa e erro.

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Cena de Thor: Ragnarok com os efeitos digitais desenvolvidos por Marcus Duprat

Marcus já estava trabalhando em Porto Alegre, realizando projetos para várias produtoras de audiovisual, quando surgiu a oportunidade de realizar um curso de efeitos especiais na Dinamarca. O curso The Animation Workshop, um dos mais conceituados da Europa, durou 4 meses de aulas intensivas. Com o fim das aulas, Marcus rumou novamente para Londres. Após uma série de entrevistas, conseguiu o emprego numa produtora, trabalhando em efeitos especiais para comerciais.

A Framestore tem dois departamentos, um de comercial e o departamento de filmes. Me chamaram pra trabalhar na parte comercial. Trabalhei por uns 3 meses lá, mas meu projeto foi atrasado, então fui escolhido pelo departamento de filmes e foi assim que cai de paraquedas no Thor: Ragnarok”, lembra. Segundo Marcus, ele só se deu conta de fato que estava trabalhando num dos maiores filmes do ano ao ver seu nome nos créditos.

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Marcus Duprat

Agora, já com apartamento na capital britânica, Marcos sonha em voltar para as produções autorais. “Assim que me estabilizar mais, vou voltar a fazer curtas. Quero aplicar o que eu aprendi em Thor: Ragnarok num filme meu e ver como me saio”, diz. Quem sabe dessa vez ele alcance aquele um milhão de views!

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formou-se em Jornalismo em 2011. É crítica de cinema e repórter, além de diretora e roteirista. Foi premiada no edital Curta Afirmativo do Ministério da Cultura com o curta-metragem “Léo”, do qual é diretora e roteirista. O filme foi exibido no Festival Internacional Del Nuevo Cine Latinoamericano de la Habana, Festival Internacional de Guadalajara, Mostra Cinema e Direitos Humanos no Mundo e Festival de Cinema de Três Passos. É produtora executiva e roteirista do documentário “O Caso do Homem Errado”, que estreou no Festival de Cinema de Gramado, em 2017. É roteirista da série “Necrópolis”, da Verte Filmes, que vai ao ar na Box Brasil em 2018.
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