Crítica
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Sinopse
Crítica
É quase inexplicável a própria existência de um filme como 11-11-11! É tudo tão ruim, mas tão ruim, que até se corria o risco de terminar sendo bom, no estilo de humor involuntário – como o recente Terror na Água (2011) – mas infelizmente nem isso acontece! A única coisa que resta ao espectador é ficar ligado no relógio, esperando que os intermináveis 90 minutos se esgotem o mais rápido possível. A trama é óbvia e repetitiva, os atores ultrapassam o limite aceitável de canastrice e a direção é tão exagerada que chega a ser constrangedora. Ou seja, um desastre, do início ao fim.
11-11-11 só existe, obviamente, devido à data inusitada que tivemos neste ano, combinando dia, mês e ano num mesmo numeral. Algo similar havia acontecido cinco anos atrás, e com um efeito muito melhor: 06-06-06, ou 666, que serviu para marcar a data de lançamento do remake de A Profecia (2006). Mas 666 é o número da Besta, há previamente uma mitologia macabra por trás – o que não se repete nesse novo caso. Assim, tenta-se provocar algo, obviamente sem o menor sucesso. E assim somos colocados diante a história de um escritor de best sellers amargurado pelo passado – a mulher e o filho foram mortos num incêndio criminoso. Sem sentido na vida, é chamado pelo irmão que não vê há anos para se juntar a ele em Barcelona, onde o pai dos dois se encontra à beira da morte.
Chegando na Europa as alucinações e temores que o atormentam ficam ainda mais fortes e evidentes. O irmão, um cadeirante, é pastor de uma nova religião, um homem dominado pela fé e pela força de vontade – o exato oposto do protagonista, que além de desmotivado com sua existência é também um ateu convicto. Soma-se a esse imbróglio uma governanta macabra e uma amiga inesperada que insiste em ajudá-lo e tem-se todos os elementos mais clichês das produções de terror e suspense. Somente os mais desavisados não irão adivinhar com bastante antecedência tudo que está prestes a acontecer, quais os motivos que o levaram até ali e quais são as reais intenções de cada um dos envolvidos. E se mesmo assim o desenrolar da história não ficar claro o suficiente, há ainda os demais recados que o diretor espalha, como a trilha sonora estridente, que se adianta em cada revelação, ou a fotografia amadora, que serve mais para pontuar o que já se imagina do que para revelar algo realmente notável.
Qualquer produção que tenha como maior mérito o fato de ser escrita e dirigida pelo “mesmo realizador de Jogos Mortais 2, 3 e 4” não tem muito o que se orgulhar. Pois Darren Lynn Bousman é somente mais um mero repetidor de tudo que já foi visto no gênero anteriormente, sem acrescentar nada realmente novo. Já os protagonistas Timothy Gibbs (que estava há sete anos sem atuar) e Michael Landes (um recorrente no assunto, já tendo sido visto em filmes como Premonição 2, 2003, e na série Ghost Whisperer, 2006) se esmeram numa competição para ver quem consegue se sair pior. 11-11-11 não vale nem mesmo como curiosidade no dia apontado no título, que dirá em qualquer outra data do ano!
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Grade crítica
Crítico | Nota |
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Robledo Milani | 1 |
Francisco Carbone | 1 |
Thomas Boeira | 1 |
MÉDIA | 1 |
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