Crítica
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Sinopse
Mike O'Connell era um astro do basquete quando adolescente, mas ao descobrir que sua namorada estava grávida resolveu abandonar seus planos e se casar. Após 20 anos, ele está infeliz. O casamento não vai bem, seus filhos não o respeitam e a promoção que aguardava no trabalho não saiu. Um dia decide visitar o antigo colégio e, ao rever fotos e objetos de sua adolescência, deseja voltar no tempo e ter uma nova chance. Repentinamente seu desejo se realiza, e se vê novamente com 17 anos.
Crítica
Em seu primeiro trabalho como protagonista solo na tela grande, o neo galã Zac Efron não foi muito longe do universo que o consagrou na trilogia High School Musical. E sem se arriscar, o resultado não teria mesmo como ser muito distante da mediocridade. Afinal, o cenário é o mesmo – o universo colegial norte-americano – e personagem que ele interpreta é praticamente idêntico ao que o levou à fama, além da trama ser uma das mais clichês do cinema mundial: a troca de corpos, que vai desde produções interessantes, como o divertido De Repente 30 (2004), até ao fenômeno nacional Se Eu Fosse Você (2006). Tudo variações do mesmo enredo. Ou seja, previsível até não poder mais.
Mike O’Donnell é o conquistador da escola, estrela do time de basquete e namorado da garota mais bonita. Minutos antes de uma partida decisiva ele recebe uma notícia que irá mudar sua vida para sempre: a namorada está grávida! Consciente da nova responsabilidade, larga tudo para ficar ao lado dela. O problema é que nunca irá deixar de culpá-la por todas as futuras frustrações que irá acumular a partir daquele instante, como o fato de não ir para a faculdade, o emprego aquém das expectativas e a pouca atenção que dá à família. Quinze anos depois a esposa quer o divórcio, os filhos mal falam com ele e a promoção que esperava no trabalho não veio. Desesperado e sem saber a quem recorrer, resolve voltar ao colégio e relembrar os últimos bons momentos que viveu. E, depois desta nostalgia, num passe de mágica volta a ter dezessete anos. Agora, no entanto, suas dúvidas serão outras: reparar os erros do passado ou seguir em frente buscando um meio de recuperar a própria família, valorizando tudo o que conquistou na vida?
Se na idade adulta o protagonista é interpretado sem esforço pelo friend Matthew Perry (que desde o ‘Chandler’ do famoso seriado nunca conseguiu acertar no cinema), é na adolescência que o personagem brilha, principalmente graças ao carisma de Efron. Mas não há uma direção efetiva, igual a que ele foi submetido no ótimo Hairspray (2007), e isso faz muita diferença. Assim, apesar de apropriado ao que o filme exige, acaba entregando exatamente o que os fãs esperam, sem se destacar com algo mais elaborado ou inventivo. Até movimentos de dança entre as líderes da torcida ele dá! Só faltou mesmo abrir a boca e começar a cantar – o que, no final das contas, não seria nem um pouco surpreendente.
A direção de Burr Steers só causa impacto ao tomarmos consciência que se trata do mesmo homem responsável pela sarcástica, irônica e mordaz comédia de humor negro A Estranha Família de Igby (2002), que deixou de lado toda essa veia rebelde para ser definitivamente domado pelo sistema. 17 Outra Vez é um típico produto de encomenda, inofensivo e feito exclusivamente para o estrelado de Efron. Não há outras ambições envolvidas. E como os resultados financeiros foram dentro do esperado – mais de US$ 120 milhões arrecadados nas bilheterias de todo o mundo – não há do que se reclamar. Afinal, o papo aqui é indústria, e não arte.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 4 |
Yuri Correa | 7 |
Edu Fernandes | 6 |
Francisco Carbone | 6 |
Adriana Androvandi | 6 |
MÉDIA | 5.8 |
Muito boa!