Aos 27 anos, Adam descobre que está com câncer. Para tentar lidar com o baque ele contará com a ajuda de seu melhor amigo, um sujeito sempre muito positivo, e de uma analista excêntrica.
Ótima crítica.
Assisti na madrugada de ontem para hoje, 13 anos após o lançamento e nunca tinha ouvido falar do mesmo.
É um filme extremamente previsível e, à primeira vista, simplório. Mas a simplicidade é o que talvez tenha tornado o mesmo tão bom.
De início, vemos o protagonista correndo e a cidade se destacando, achei que seria um filme de técnica fotográfica memorável... Não, não foi.
Depois, vi alguns trejeitos de Levitt andando, saindo dos carros, olhando as pessoas. Achei que veria alguma performance diferenciada no estilo de Joaquim Phoenix. Não, não teve nada disso.
Tomadas curtas com piadas sujas e um elenco misto de consagrados com escanteados da comédia se misturaram em atuações razoáveis, mas ninguém concorrendo pra oscar. Nem o protagonista. Foram atuações honestas, que não podem ser mal avaliadas, mas também não são o ápice de interpretação de nenhum dos atores.
Então, onde fica a qualidade do filme? Bem, gostei muito de como a trama foi conduzida. Momentos que outros diretores talvez trouxessem com tensão, lentidão, tomadas com luz e música arrastadas, são trazidas de forma bem sincera, real e rápida. Por exemplo, quando a mãe pergunta "qual a grande ocasião?". Imaginei acontecendo na minha sala de jantar, não em um filme que cada tosse ou cada abertura de gaveta tenha que ser um momento idílico.
E não confundam as coisas: muitos filmes medíocres trazem coisas importantes de forma simplória, mas não com simplicidade que mantém a solenidade que o momento merece. O anúncio do câncer, as reações diversas de colegas, a reação da mãe, o impacto no relacionamento. Tudo isso é abordado de forma simples, mas suficientemente real para eu acreditar que seria parecido comigo.
Rachel também é uma personagem muito interessante. Ela é egoísta, mas acredita que é uma boa pessoa e tenta justificar o que faz. É detestável, mas ao mesmo tempo sinto que conheço diversas Rachels.
E Adam faz piadas despretensiosas em momentos muito oportunos, como quando conhece seus colegas de quimioterapia. É uma presença de espírito agradável, que teve um surto psicótico bem condizente com o momento e com sua personalidade, sem ser algo exagerado. E seu câncer também não foi exibido de forma escatológica, com sangramentos, tosses, vômitos de forma desnecessária como já vi em outros filmes do tema.
Enfim, foi um filme que friamente não julgo como algo grandioso ou que eu coloque na lista dos melhores filmes que já vi, mas que valeu à pena ter assisitido.
Ótima crítica. Assisti na madrugada de ontem para hoje, 13 anos após o lançamento e nunca tinha ouvido falar do mesmo. É um filme extremamente previsível e, à primeira vista, simplório. Mas a simplicidade é o que talvez tenha tornado o mesmo tão bom. De início, vemos o protagonista correndo e a cidade se destacando, achei que seria um filme de técnica fotográfica memorável... Não, não foi. Depois, vi alguns trejeitos de Levitt andando, saindo dos carros, olhando as pessoas. Achei que veria alguma performance diferenciada no estilo de Joaquim Phoenix. Não, não teve nada disso. Tomadas curtas com piadas sujas e um elenco misto de consagrados com escanteados da comédia se misturaram em atuações razoáveis, mas ninguém concorrendo pra oscar. Nem o protagonista. Foram atuações honestas, que não podem ser mal avaliadas, mas também não são o ápice de interpretação de nenhum dos atores. Então, onde fica a qualidade do filme? Bem, gostei muito de como a trama foi conduzida. Momentos que outros diretores talvez trouxessem com tensão, lentidão, tomadas com luz e música arrastadas, são trazidas de forma bem sincera, real e rápida. Por exemplo, quando a mãe pergunta "qual a grande ocasião?". Imaginei acontecendo na minha sala de jantar, não em um filme que cada tosse ou cada abertura de gaveta tenha que ser um momento idílico. E não confundam as coisas: muitos filmes medíocres trazem coisas importantes de forma simplória, mas não com simplicidade que mantém a solenidade que o momento merece. O anúncio do câncer, as reações diversas de colegas, a reação da mãe, o impacto no relacionamento. Tudo isso é abordado de forma simples, mas suficientemente real para eu acreditar que seria parecido comigo. Rachel também é uma personagem muito interessante. Ela é egoísta, mas acredita que é uma boa pessoa e tenta justificar o que faz. É detestável, mas ao mesmo tempo sinto que conheço diversas Rachels. E Adam faz piadas despretensiosas em momentos muito oportunos, como quando conhece seus colegas de quimioterapia. É uma presença de espírito agradável, que teve um surto psicótico bem condizente com o momento e com sua personalidade, sem ser algo exagerado. E seu câncer também não foi exibido de forma escatológica, com sangramentos, tosses, vômitos de forma desnecessária como já vi em outros filmes do tema. Enfim, foi um filme que friamente não julgo como algo grandioso ou que eu coloque na lista dos melhores filmes que já vi, mas que valeu à pena ter assisitido.