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Crítica


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Sinopse

Um criminoso procurado chega ao planeta Helion Prime e enfrenta um império invasor chamado Necromongers.

Crítica

O personagem Richard B. Riddick, um criminoso intergaláctico, surgiu pela primeira vez no obscuro – e cultuado – Eclipse Mortal (2000). Este filme teve um lançamento bastante discreto, tendo arrecadado apenas US$ 53 milhões em todo o mundo. Este valor, relativamente baixo para os padrões hollywoodianos, por outro lado significou mais do que o dobro do seu investimento. Além disso tudo, este projeto serviu para marcar a presença de Vin Diesel como herói de fitas de ação – ele, aliás, considera este primeiro filme um prelúdio de uma trilogia, que começa de fato a ser contada com A Batalha de Riddick. Porém, se algumas cinesséries seguem vivas para agradar uma pequena parcela de fãs ou da crítica, esta sobrevive graças ao empenho do protagonista, que confessa ter por ela um apreço especial.

Se o primeiro filme tinha uma estrutura bastante simples, assemelhando-se às tramas da saga Alien, este novo episódio busca argumentos um pouco mais elaborados. Num futuro distante, a grande ameaça do universo são os Necromongers, um povo conquistador que têm como hábito impor sua crença religiosa aos derrotados, que possuem duas opções: a submissão ou a morte. Uma entidade elemental, Aereon (a oscarizada Judi Dench, divertindo-se), percebe que o único capaz de impedir essa ameaça seria o guerreiro Riddick, último remanescente de uma raça de bravos homens. Estabelece-se então o conflito, com uns tentando eliminar os outros na luta pelo poder e domínio.

Com um enredo que usa e abusa de elementos oriundos de outras produções mais bem sucedidas, como a saga Star Wars, A Batalha de Riddick se revela, com o desenrolar da história, uma decepção do início ao fim. Suas reviravoltas e desenlaces são, no mínimo, enfadonhos, e o cenário geral é, basicamente, constrangedor. Diesel, desistiu de estrelar as continuações + Velozes + Furiosos (2003) e XXX 2: Estado de Emergência (2005) para abraçar este projeto, e essas escolhas foram tão equivocadas quanto o tamanho de seu ego. Se depois ele conseguiu retornar à Velozes e Furiosos e ainda revigorar à saga (que, com o sexto episódio em 2013, está no seu melhor momento), com as outras duas segue tentando: XXX 3: O Retorno de Xander Cage segue como projeto, sem data de estreia definida, enquanto que Riddick 3 estreia ainda este ano, após quase uma década de espera.

As presenças de Judi Dench, Linus Roache, Thandie Newton e Karl Urban são no mínimo curiosas, pois servem apenas de cenário para o estrelato de Vin Diesel, que nem parece tão à vontade quanto se poderia imaginar. Sem lógica e confuso, A Batalha de Riddick exagera em todas as direções que se propõe seguir, desde a grandiosidade do visual até o uso não-qualificado dos efeitos especiais. David Twohy, diretor do três longas da série, deixa evidente sua falta de habilidade em lidar com proporções maiores, se saindo melhor quando o âmbito da ação – e as expectativas envolvidas – são limitadas. No final, bocejos é tudo que este filme consegue provocar. E o esquecimento é o que merece. Por mais que Vin Diesel se esforce para nos provar o contrário.

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é crítico de cinema, presidente da ACCIRS - Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (gestão 2016-2018), e membro fundador da ABRACCINE - Associação Brasileira de Críticos de Cinema. Já atuou na televisão, jornal, rádio, revista e internet. Participou como autor dos livros Contos da Oficina 34 (2005) e 100 Melhores Filmes Brasileiros (2016). Criador e editor-chefe do portal Papo de Cinema.
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CríticoNota
Robledo Milani
2
Alex Gonçalves
4
MÉDIA
3

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