Crítica
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Sinopse
Margaret Tate é uma poderosa editora de livros, que se vê em apuros ao ser comunicada de sua deportação para o país-natal, o Canadá. Para evitar que isto ocorra, declara estar noiva de Andrew Paxton, seu assistente. Perseguido por Margaret há anos, ele aceita participar da farsa, mas impõe algumas condições.
Crítica
Um dos nomes femininos mais populares do cinema hollywoodiano, é de se estranhar que Sandra Bullock somente com A Proposta tenha conseguido quebrar um jejum de dez anos longe do topo das bilheterias norte-americanas! Há uma década – desde Forças do Destino (1999) – ela não fazia tanto sucesso e despertava tamanho interesse ao lançar um novo filme! E isso que neste meio tempo entraram em cartaz sucessos consideráveis, como Miss Simpatia (2000), e até mesmo um vencedor do Oscar, Crash: No Limite (2004). Sinal de que, aos 45 anos, Bullock estava novamente no auge e em sua melhor forma!
E A Proposta justifica tamanho estardalhaço? O mais curioso é que sim. Afinal, trata-se de uma comédia romântica, gênero famigerado e muito maltratado pelos roteiristas em Hollywood, acostumados a repetir incansavelmente as mesmas fórmulas até o limite da exaustão. E isso não quer dizer que estes clichês não estejam aqui presentes, de uma forma ou de outra. Muito pelo contrário, é possível reconhecê-los com bastante antecedência. A diferença, no entanto, é que apesar de serem os mesmos ingredientes, dessa vez a mistura deu certo. E isso representa uma completa mudança de cenário!
Sandra Bullock faz sua própria versão de Meryl Streep em O Diabo Veste Prada (2006) como uma editora maquiavélica e ambiciosa. Quando surge um problema com o seu visto e é obrigada a abandonar os Estados Unidos e voltar para sua terra natal no Canadá, uma rápida solução lhe ocorre: obrigar seu assistente, interpretado com grande prazer por Ryan Reynolds, a se casar com ela – e assim lhe fornecer um cobiçado green card – prometendo em troca lhe ajudar em sua carreira. Chantagem estabelecida, os dois partem para o maior desafio: conhecerem-se a ponto de enganar o fiscal da imigração, levando a farsa adiante. E, para isso, partem para um final de semana prolongado na casa dos pais dele, em pleno Alasca, para participarem das comemorações do aniversário de 90 anos da avó do rapaz!
Se Sandra brilha como há muito não se via, Reynolds forma um par perfeito ao lado dela. A veia cômica dele está completamente adequada, lembrando em nada o intérprete sério da aventura X-Men Origens: Wolverine (2009), por exemplo. E, neste caso, a química entre o casal protagonista responde por metade do sucesso do projeto. Ambos estão em plena condição física, atraentes e divertidos. Ao lado deles estão coadjuvantes igualmente iluminados, como a deliciosa Betty White (Super Gatas, 1985-1992) e o hilário Oscar Nuñez (The Office, 2005-2013), que simplesmente roubam a cena a cada nova aparição. E sem falar de outros nomes de reconhecido talento, como Mary Steenburgen (que apesar de estar, nos últimos tempos, repetindo sempre o mesmo papel de ‘mãe do protagonista’, como em Surpresas do Amor, 2008, e Quase Irmãos, 2008, tem em casa um Oscar, por Melvin e Howard, 1980), Craig T. Nelson e Malin Akerman.
Dirigido por Anne Fletcher, que no seu trabalho anterior, o simpático Vestida para Casar (2008), havia demonstrado familiaridade com o tema ‘casais antagônicos’, A Proposta parte de uma premissa bastante simples e universal: um homem e uma mulher que se odeiam são obrigados a passar um tempo juntos e, consequentemente, descobrem após este período que estão apaixonados um pelo outro. Quantas milhares de vezes este mesmo argumento já foi utilizado? Se por um lado muitos podem se decepcionar pela repetição da fórmula, outros tantos irão chegar à óbvia conclusão de que há somente uma razão para esta constância: ela funciona! E como resultado aqui temos um produto competente, que surpreende positivamente não por trazer algo novo, mas por conseguir equilibrar o óbvio com o bom humor, entregando o prometido dentro de uma embalagem nova e atraente. Nada revolucionário, mas ainda assim diversão certa.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
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Robledo Milani | 7 |
Thomas Boeira | 6 |
Edu Fernandes | 5 |
Matheus Bonez | 7 |
Roberto Cunha | 8 |
MÉDIA | 6.6 |
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