Crítica
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Sinopse
O relacionamento do famoso físico Stephen Hawking com sua esposa Jane é desafiado pela doença de Hawking, portador de esclerose lateral amiotrófica.
Curiosidades
- Oscar 2015: premiado como Melhor Ator (Eddie Redmayne) e indicado a Melhor Filme, Atriz (Felicity Jones), Roteiro Adaptado e Trilha Sonora;
- Globo de Ouro 2015: premiado como Melhor Ator em Drama (Eddie Redmayne) e Melhor Trilha Sonora Original. Indicado ainda a Melhor Atriz em Drama (Felicity Jones) e Melhor Filme em Drama;
- Bafta 2015: premiado como Melhor Filme Britânico, Ator (Eddie Redmayne) e Roteiro Adaptado. Foi indicado ainda a Melhor Filme, Atriz (Felicity Jones), Trilha Sonora, Montagem, Figurino, Maquiagem & Cabelos e Direção;
- Screen Actors Guild Awards 2015: premiado como Melhor Ator (Eddie Redmayne) e indicado a Melhor Atriz (Felicity Jones) e Elenco;
- Critics Choice Awards 2015: indicado a Melhor Filme, Ator (Eddie Redmayne), Atriz (Felicity Jones), Roteiro Adaptado e Trilha Sonora;
- Baseado no livro de memórias Travelling to Infinity: My Life with Stephen, de Jane Hawking;
- Eddie Redmayne e Stephen Hawking tiveram apenas um único encontro antes das filmagens;
- Benedict Cumberbatch era a primeira opção para viver o protagonista;
- Lesley Manville chegou a filmar cenas como a Rainha Elizabeth II, mas a sua participação acabou sendo cortada durante o processo de montagem;
- Orçamento: US$ 15 milhões;
- Bilheteria mundial: US$ 123,7 milhões;
O rótulo de "Grande Ator/Atriz" é concedido àquele(a)s que deixam de lado sua própria personalidade para encarnar a personagem exigida, e não como supostos "grandes" que, mesmo brilhantes e, especialmente, carismáticos (De Niro, Jack Nicholson, etc.), confundem o original com o virtual, sempre com os mesmos trejeitos e expressões, independente da personagem que representam. Esse é o diferencial de Eddie Redmayne, que mesmo em papéis como coadjuvante já vinha imprimindo sua marca. Sua interpretação como Stephen Hawkin é assombrosa, impressionante, notável, um espetáculo por si só que o coloca à altura dos maiores de todos os tempos. O filme como um todo é brilhante. Consegue levar à beira das lágrimas (pelo drama óbvio) e ao sorriso terno (por rir do próprio drama) sem apelar para a pieguice. Felicity Jones, mais bela do que nunca, presença agradável como sempre, talvez tenha tido sua melhor e mais consistente atuação na carreira. A transformação da jovem apaixonada disposta a tudo pra segurar a onda ao lado do amado já condenado para a esgotada (atire a primeira pedra quem é que aguenta tantos anos naquelas condições) mulher madura acontece lentamente através do natural desgaste psicológico e físico que se tornam humanamente impossíveis de transcender. A cena que prenuncia o divórcio, quando Jane diz "fiz o melhor que pude", é de uma elegância e grandeza que eleva os espíritos mais rudes. A direção de James Marsh é impecável sob todos os pontos de vista, especialmente por tirar o melhor dos intérpretes, incluindo os coadjuvantes, com menção especial para Charlie Cox devido à importância do personagem. Em momento nenhum ele, Marsh, permite que a tragédia se torne ainda mais densa do que já é, evitando explosões emocionais ("temos o direito de saber se este filho é de Stephen ou de Jonathan"), quando Jane responde com uma pergunta. Brilhante! Isto é cinema. Às vezes o Oscar vai para as mãos certas. Às vezes a Academia acerta. •