Crítica
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Sinopse
O relacionamento do famoso físico Stephen Hawking com sua esposa Jane é desafiado pela doença de Hawking, portador de esclerose lateral amiotrófica.
Detalhes
Direção
James Marsh |
Roteiro
Anthony McCarten |
Jane Hawking |
Elenco
Eddie Redmayne |
Felicity Jones |
David Thewlis |
Emily Watson |
Charlie Cox |
Simon McBurney |
Tom Prior |
Sophie Perry |
Finlay Wright-Stephens |
Harry Lloyd |
Alice Orr-Ewing |
Produção
Tim Bevan |
Lisa Bruce |
Eric Fellner |
Richard Hewitt |
Anthony McCarten |
Lucas Webb |
Estúdio
Working Title Films |
Montagem
Jinx Godfrey |
Fotografia
Benoît Delhomme |
Trilha Sonora
Jóhann Jóhannsson |
O rótulo de "Grande Ator/Atriz" é concedido àquele(a)s que deixam de lado sua própria personalidade para encarnar a personagem exigida, e não como supostos "grandes" que, mesmo brilhantes e, especialmente, carismáticos (De Niro, Jack Nicholson, etc.), confundem o original com o virtual, sempre com os mesmos trejeitos e expressões, independente da personagem que representam. Esse é o diferencial de Eddie Redmayne, que mesmo em papéis como coadjuvante já vinha imprimindo sua marca. Sua interpretação como Stephen Hawkin é assombrosa, impressionante, notável, um espetáculo por si só que o coloca à altura dos maiores de todos os tempos. O filme como um todo é brilhante. Consegue levar à beira das lágrimas (pelo drama óbvio) e ao sorriso terno (por rir do próprio drama) sem apelar para a pieguice. Felicity Jones, mais bela do que nunca, presença agradável como sempre, talvez tenha tido sua melhor e mais consistente atuação na carreira. A transformação da jovem apaixonada disposta a tudo pra segurar a onda ao lado do amado já condenado para a esgotada (atire a primeira pedra quem é que aguenta tantos anos naquelas condições) mulher madura acontece lentamente através do natural desgaste psicológico e físico que se tornam humanamente impossíveis de transcender. A cena que prenuncia o divórcio, quando Jane diz "fiz o melhor que pude", é de uma elegância e grandeza que eleva os espíritos mais rudes. A direção de James Marsh é impecável sob todos os pontos de vista, especialmente por tirar o melhor dos intérpretes, incluindo os coadjuvantes, com menção especial para Charlie Cox devido à importância do personagem. Em momento nenhum ele, Marsh, permite que a tragédia se torne ainda mais densa do que já é, evitando explosões emocionais ("temos o direito de saber se este filho é de Stephen ou de Jonathan"), quando Jane responde com uma pergunta. Brilhante! Isto é cinema. Às vezes o Oscar vai para as mãos certas. Às vezes a Academia acerta. •