Crítica
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Sinopse
Depois da tripulação da Enterprise encontrar uma força inexorável de terror dentro de sua própria organização, o Capitão Kirk faz uma caçada em busca de arma de destruição de massa em um mundo em guerra.
Crítica
Mesmo que você não seja um trekker (denominação dos fãs de Jornada nas Estrelas), e mal saiba diferenciar Volcanos de Klingons, ainda assim é possível ficar bastante empolgado com Star Trek (2009), o reboot da franquia, encabeçado por J.J. Abrams, sinal de vida nova numa série que parecia fadada a gerar filmes aquém de seu próprio culto. A então ótima resposta nas bilheterias, seguida da afirmação de Abrams como o novo queridinho de Hollywood, tornaram certa a realização de Além da Escuridão: Star Trek, continuação que chegou cercada de expectativa aos cinemas.
Além da Escuridão: Star Trek começa durante missão complicada de Kirk (Chris Pine) e companhia num planeta primitivo à beira do colapso. Em dado momento, o capitão precisa decidir entre a regra dos homens e a vida de um deles. Líder impulsivo e passional, ele opta pela manutenção de seu primeiro comandante, em sequência de grandes proporções visuais e dramáticas. A insubordinação de Kirk lhe rende punições e atrito severo com Spock (Zachary Quinto), este seguidor das leis para além de emoções e camaradagem. Mas logo os amigos se juntam novamente contra um vilão misterioso, alguém a quem a Enterprise precisa aniquilar. John Harrison (Benedict Cumberbatch) é o nome desse personagem que coloca em risco não apenas a Frota Estelar, mas também a paz entre os povos da galáxia.
J.J. Abrams parece mesmo ter encontrado fórmula eficaz para tornar o cifrado ideário trekker em algo de interesse comum, sem para isso trair ou deixar órfãos os cultores mais xiitas. Repleto de ação, Além da Escuridão: Star Trek não é, entretanto, refém da parafernália tecnológica. Claro, ajuda muito ter à disposição ferramentas que possibilitem quase tudo em matéria de construção visual, mas o filme que Abrams dirige, reafirmando a curva ascendente de sua carreira, é sobre amizade e honra, atributos decorados pelos milhões de dólares que, a bem da verdade, fazem crível esse universo fantástico.
Ao trabalhar ainda mais a dualidade representada por Kirk e Spock, o roteiro escrito por Alex Kurtzman, Damon Lindelof e Roberto Orci (colaboradores freqüentes do diretor) retém a essência dessas figuras icônicas, duas faces da moeda cujo valor final é a liderança. O intempestivo Kirk aprende com o lógico Spock, e vice versa. Sozinhos, pendem a balança para um lado, mas juntos fornecem equilíbrio e êxito às missões. Ajuda muito ter um antagonista forte, que ofereça contraponto nuançado aos bravos exploradores. Aliás, quem são os verdadeiros vilões? Virtude e razão são, não raro, volúveis em Além da Escuridão: Star Trek.
Candidato a filme-pipoca da temporada, o novo longa de J.J.Abrams (que, em breve, estará à frente também dos novos Star Wars) tem energia, boa trama, desenvolvimento esperto, muita criatividade visual e 3D bem utilizado. Além da Escuridão: Star Trek é divertido e emocionante (até lágrimas irão rolar lá pelas tantas). Enfim, um ótimo programa, para nerds ou não.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Marcelo Müller | 8 |
Robledo Milani | 8 |
Yuri Correa | 9 |
Thomas Boeira | 9 |
Chico Fireman | 7 |
MÉDIA | 8.2 |
Olá, Mana. É legal constatar que os trekkers, como você, também gostaram do que J.J. Abrams fez no reboot da série. De onde posso ver, esse segundo filme sequencia com a mesma competência a retomada cinematográfica de Star Trek. Acredito que você irá gostar muito. beijos e obrigado pelo comentário
Eu certamente posso me intitular Trekker, Marcelo! Seguidora que sou da série original por tantos anos e fã de todo o universo criado por Gene Roddenberry. Se esta missão estiver a altura do primeiro longa, promete fortes emoções. Achei competente a escolha do elenco e genial o artifício de roteiro utilizado para dar novos ares de aventura a série! Ansiosa para que chegue aos cinemas!