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Crítica


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Sinopse

Duas espécies de inimigos extraterrestres trazem sua batalha para a Terra, colocando os residentes de Gunnison, Colorado, no meio deste fogo cruzado. De um lado, alienígenas quase indestrutíveis, e, do outro, um solitário predador, que tem a missão de exterminar todos os sinais de infestação alienígena do planeta, não importa quem estiver no caminho.

Crítica

Os irmãos Strause fizeram sua estreia na direção de longa-metragem, após um período dedicado a curtas, videoclipes e efeitos especiais, tentando dar novo fôlego para a batalha que havia sido iniciada em 2004 pelo diretor Paul W.S. Anderson. Assim nasceu Aliens vs. Predador 2. A ideia de uma sequência para um filme que já é um derivado de outros parece um caso óbvio de muita confusão e pouco cinema. No entanto, os Strause demonstraram que o foco principal era o público que havia se identificado com a primeira reunião de dois dos mais conhecidos monstros da ficção-científica.

A trama tem início no mesmo ponto onde o primeiro filme acaba. Enquanto a vida na terra segue seus ciclos, no espaço os predadores enterram uma das vítimas da última batalha com os aliens. O que parecia o fim se renova quando, da barriga do predador, surge um novo ser, o PredAlien. Mas a esperança colocada sob o filhote dura pouco, já que ele acaba com a tripulação da nave, que, entre tantos planetas para aterrissar, acaba chegando na Terra, mais precisamente na cidade de Gunnison, no estado do Colorado. O roteiro parece fechado, mas ainda teremos a chegada de um predador disposto a acabar de uma vez com a raça dos aliens. Este último adereço da trama deixa claro o que já podia ser sentido nos cartazes de divulgação da produção: o predador é o foco principal.

Por mais que fique claro uma presença política na escolha dos personagens, que incluem ex-presidiários e militares curtindo um dia de folga, mas sempre em alerta, Aliens vs. Predador 2 está mais interessado em colocar seus seres para brigar. A carreira como técnico de efeitos especiais dos irmãos Strause serviu para que eles investissem na categoria em sua primeira incursão pela direção. Toda essa dedicação aos embates acabou deixando de lado os atores, mecânicos nos diálogos e exagerados ao extremo nos momentos de tensão. Não que quem vá assistir a um filme como esse espere interpretações emocionantes, mas até no mundo barulhento da ação hollywoodiana é preciso o quesito humano. Ainda mais quando as criaturas escolhem a Terra como ringue.

Aliens vs. Predador 2 diverte, mas não marca nossas vidas. O clima sombrio sai de cena junto com o Alien, deixado bem de lado no filme. Os holofotes se voltam todos para o Predador, inclusive nas lutas. O título original, que fala em réquiem, ou seja, a canção dedicada aos mortos, explica muita coisa. Por melhor que tenha sido a intenção dos Strause e dos produtores, é um título fadado ao esquecimento. Pelo bem de nossas boas lembranças sobre os originais dos protagonistas.

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é jornalista e especialista em cinema formada pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Com diversas publicações, participou da obra Uma história a cada filme (UFSM, vol. 4). Na academia, seu foco é o cinema oriental, com ênfase na obra do cineasta Akira Kurosawa, e o cinema independente americano, analisando as questões fílmicas e antropológicas que envolveram a parceria entre o diretor John Cassavetes e sua esposa, a atriz Gena Rowlands.
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