Crítica
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Sinopse
Jamie é uma caçadora de talentos em Nova York, EUA, que descobre um blogueiro em Los Angeles que acredita ser ideal para um trabalho que estava procurando. Ela o convida para uma visita, e logo o convence a se mudar para o novo emprego. Entre os dois a amizade surge naturalmente, e logo se desenvolve também em sexo.
Crítica
Justin Timberlake cada dia mais se consolida como ator, deixando para trás uma muito bem sucedida carreira como cantor. Dos anos do grupo adolescente N*Sync aos dois álbuns solos, sem falar das inúmeras colaborações – como com o rapper Timbaland e a megastar Madonna – ele teria tudo para se firmar como “o novo Michael Jackson”. Mas, ao invés disso, ele parece ter preferido o estrelato na tela grande. E após bem sucedidas aparições como coadjuvante em produções elogiadas como Alpha Dog (2006) e A Rede Social (2010), finalmente marca presença como protagonista neste agradável e divertido Amizade Colorida. E o resultado é mais do que positivo.
Claro que para isso ele contou com duas ótimas escolhas. Primeiro, o diretor Will Gluck, do excelente A Mentira (2010), que mostra mais uma vez ser capaz de reinventar clichês e entregá-los ao público sob uma nova perspectiva, atraentes e irresistíveis. Depois, temos a co-protagonista Mila Kunis, que após o apocalíptico O Livro de Eli (2010) e do intenso Cisne Negro (2010) retorna a um espírito mais leve e descontraído, como no programa que a lançou, o seriado That 70’s Show. Gluck, também co-autor do roteiro, oferece um texto contagiante e que apesar de brincar com elementos que estamos cansados de visitar aparenta ser novo e original. Já os dois – Timberlake e Kunis – estão simplesmente adoráveis. A química entre eles é evidente em cena, e não há quem na plateia não fique na torcida pelo final feliz, por mais óbvio que este o seja.
Assim como no recente Sexo sem Compromisso (2011), Amizade Colorida é a história de dois amigos que decidem transar, porém sem um compromisso sério entre eles. “É como jogar tênis, só mais uma atividade”, chegam a afirmar. Só que é claro que o que começa tão bem logo irá se transformar em algo mais sério, ao menos para um dos dois. E como falar a verdade nesse ponto? Quem irá assumir seus verdadeiros sentimentos primeiro? Neste ponto, o que fica claro no filme é que não importa muito como ele termina – até porque todo mundo sabe de antemão a conclusão da trama – e sim o que acontece até lá. É o processo que diverte e conquista, e não exatamente o ponto final.
Amizade Colorida é tudo o que Sexo sem Compromisso queria ser, mas não conseguiu. Justin Timberlake tem um charme e um sexy appeal que Ashton Kutcher sonharia conquistar. Natalie Portman é uma grande atriz, mas comediante ela não é – e essa é toda a diferença em relação à Mila Kunis, aliás, sua parceria no já citado Cisne Negro. Mas o melhor mesmo desse novo filme é o estrelado elenco de apoio – Richard Jenkins, Woody Harrelson, Patricia Clarkson – e o enredo, que não tem vergonha de assumir sua obviedade e, mesmo assim – ou talvez por isso mesmo – é capaz de surpreender. Simpático, leve e envolvente – o que mais se pode pedir de uma comédia romântica? Talvez não subestimar a inteligência do espectador. E é dessa forma que Amizade Colorida conquista o público do início ao fim.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 7 |
Ailton Monteiro | 7 |
MÉDIA | 3.5 |
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