Crítica
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Sinopse
Richie, um estudante universitário, acredita que está sendo fraudado. Para descobrir o que está acontecendo, viaja a Costa Rica para confrontar o magnata das apostas online, Ivan Block. Lá, ele é seduzido pela riqueza do outro até se deparar com a verdade perturbadora sobre o magnata. Quando o FBI tenta coagi-lo a ajudá-los a prender o empresário, Richie se encontra na maior aposta de sua vida: tentar vencer as duas forças que estão lhe pressionando.
Crítica
Nem todo filme precisa mostrar um objetivo claro, uma nova proposta ou justificativa de sua realização. Mas, durante toda a projeção de Aposta Máxima, é difícil não pensar sobre o que a produção se propõe, já que tudo se mostra tão enfadonho e frustrante. Esta é a história de Richie Furst (Justin Timberlake), um estudante universitário em dificuldades financeiras. Sua solução para seus problemas é apostar todas as suas “fichas” em um jogo de poker online. Ele, no entanto, acaba trapaceado por uma brecha do sistema do site. É então que decide ir até a Costa Rica atrás do dono da serviço, o todo-poderoso Ivan Block (Ben Affleck), com a esperança de reaver seu dinheiro. Entrando em um covil, o ingênuo Furst logo se vê reembolsado e, de quebra, trabalhando para Block. É quando as máscaras caem e um mundo de chantagens e corrupção se abre.
Com essa trama que parece um déja vu para o espectador, Aposta Máxima é, resumidamente, uma produção genérica. A todo instante o pensamento que se repete é de que tudo poderia ter sido melhor. A premissa não é ruim, mas é construída tão ingenuamente quanto o comportamento de seu protagonista. A direção de Brad Furman poderia ter sido executada por qualquer outro cineasta, pois é desprovida de identidade, sem nada de excepcional, revelando-se regrada e básica. E o roteiro destrói a produção de vez. Previsível, repleto de clichês, apresenta diálogos redundantes e frases de efeito que refletem a preguiça de seus autores.
Com tantos problemas, quem mais sofre são os intérpretes. Justin Timberlake, como o protagonista, já havia se mostrado capaz de segurar sozinho uma produção, como visto no thriller O Preço do Amanhã (2011) ou na comédia romântica Amizade Colorida (2011). Também não é possível negar o talento do cantor para a atuação, devido às suas elogiadas performances em A Rede Social (2010), Alpha Dog (2006) e o mais recente, Inside Llewyn Davis (2013). Aqui, no entanto, Timberlake sofre com o pobre material que recebe. Ben Affleck, nosso novo Batman, acaba como um vilão clichê que, literalmente, joga seus inimigos para os crocodilos. Gemma Arterton, a femme fatale da história, é inerte e sem graça.
Após a conclusão de Aposta Máxima são possíveis várias reflexões. Desde atestar a fragilidade das produções americanas nesse ano à até mesmo tentar compreender como Leonardo DiCaprio pode produzir uma história tão superficial e barata como essa, nenhuma serve, apesar disso, como alento para o espectador. Se este filme fosse uma partida de poker, definitivamente teria sido uma das jogadas mais fracas da carreira de qualquer um dos envolvidos.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Renato Cabral | 3 |
Robledo Milani | 2 |
Francisco Carbone | 4 |
Thomas Boeira | 4 |
MÉDIA | 3.3 |
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