Crítica
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Crítica
Com pouco mais de uma hora de duração, As Aventuras de Agamenon, O Repórter consegue reunir o maior número possível de bestialidades por cena. Dirigido por Victor Lopes (dos documentários Mapa da Mina: Estrada de Ferro Carajás, 2001, e Língua: Vidas em Português, 2002) e roteirizado pelos comediantes Marcelo Madureira e Hubert, o filme reconstitui a trajetória de Agamenon (Marcelo Adnet). O passado ilustre de o repórter de “O Globo” o possibilitou conviver com figuras importantes e presenciar acontecimentos históricos. Como o leitor pode presumir, a comédia toma por referência Forrest Gump, o clássico personagem do escritor americano Winston Groom, posteriormente adaptado para o cinema por Robert Zemeckis em 1994.
Na busca pelo efeito cômico, torna-se no mínimo irônico que o resultado de Lopes se resuma a uma dúzia de risadas nervosas, fruto da incontida vergonha alheia sentida pelo público. O suposto humor trata-se de uma sequência de esquetes grosseiros e infames, um conjunto das piores piadas prontas que nem mesmo o mais baixo Casseta & Planeta, suponho, se permitira exibir. Ao combinar conteúdo desprezível e forma precária, a única dúvida que paira é a de como esse projeto recrutou o envolvimento de Fernanda Montenegro e os depoimentos de Fernando Henrique Cardoso e Jô Soares.
Para não cometer injustiça, vale ressaltar a única qualidade presente no projeto. Em determinada cena, Jacqueline Kennedy é descrita como uma mulher de cabeça vazia. Apesar dos destroços, a autorreflexão não deixa de ser uma virtude.
Aos desavisados, corram do filme como Forrest Gump.
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