Crítica
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9.4
Sinopse
Diante da iminência da morte da idosa esposa, um velho indígena pede que seu sobrinho realize o Jamurikumalu, o maior ritual feminino do Alto Xingu (MT), a fim de que ela cante novamente e transmita conhecimentos às jovens.
Curiosidades
- Realizado por cineastas indígenas do Alto Xingu;
- Festival de Gramado 2012: premiado com o Troféu Especial do Júri e Melhor Montagem;
- Festival de Brasília 2012: premiado como Melhor Som;
- Festival de Roterdã 2012: seleção oficial;
- Bilheteria Mundial: US$ 2,3 mil;
Meu caro, Frustrante e decepcionante é a sua crítica, uma vez que demonstra a completa ignorância da sociedade urbana em relação aos povos indígenas. A simples dicotomia entre "índio" e "homem branco" deixa claro seu desconhecimento sobre as atuais discussões inerentes a este assunto. O fato do festival de Gramado já ter premiado três obras primas que retratam com sensibilidade dramas humanos, mais que dramas indígenas, é um reflexo de um cuidado e uma abertura à diferença cultural. Sua crítica deixa claro seu preconceito a este tipo de produção e aos povos que ela retrata. Mais do que se prender a conceitos e categorizações do cinema "branco", sugiro que você pense um pouco mais sobre os produtores e "atores" envolvidos nesta produção. Devemos ter em mente que em muitos rituais indígenas, a diferença entre o que é representação e o que realidade não é clara porque não é importante. O que é importante é a reprodução dessas artes, neste caso, o canto e a dança envolvidos no ritual e que precisam ser transmitidos às novas gerações. Esperamos que este cinema indígena que têm se multiplicado, se alastre pelos cinemas da cidade, para que cada vez mais as pessoas de livrem de seus preconceitos. Creio que esta é UMA das mensagens deste filme. Kiriwîhe