As Tartarugas Ninja 3
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Stuart Gillard
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Teenage Mutant Ninja Turtles III
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1993
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EUA / China
Crítica
Leitores
Sinopse
As Tartarugas Ninja e sua inseparável amiga, a jornalista April O'Neil, viajam no tempo e são arremessadas diretamente no século 17, onde se deparam com uma guerra entre dinastias samurais.
Crítica
Criadas originalmente em 1984 por Kevin Eastman e Peter Laird no ambiente das histórias em quadrinhos com foco no público adulto jovem, As Tartarugas Ninja chegaram aos cinemas menos de uma década depois. Os dois primeiros filmes – As Tartarugas Ninja (1990) e As Tartarugas Ninja 2: O Segredo de Ooze (1991) – apesar do retorno positivo das bilheterias, atiraram para tantos lados que ficaram longe de apresentarem resultados unânimes. Ao contrário do que acontece em As Tartarugas Ninja 3, lançado dois anos após o segundo episódio e que, finalmente, alcançou um consenso: este é, de longe, o pior dos três longas da trilogia original, ruim a ponto de praticamente ter aposentado os quelônios por mais de uma década.
Se a primeira incursão das personagens pela tela grande foi bastante criticada pelo nível de violência e pelo tom mais adulto da produção – numa tentativa de se alinhar com o que era possível conferir nos gibis – a segunda aventura tentou corrigir essa posição, atraindo desde astros pop do momento (Vanilla Ice?) até tornando os figurinos mais coloridos e acentuando o toque de humor do roteiro. Em As Tartarugas Ninja 3, no entanto, há uma derrapada feia nesse percurso, e o que antes era mais cômico agora se torna simplesmente idiota, pois nem ao menos graça possui. O argumento básico da trama é tão infantilizado que é impossível para qualquer espectador com mais de meio neurônio em funcionamento se envolver com o que está acontecendo em cena.
Partindo de uma premissa até mesmo interessante – afinal, os protagonistas possuem a palavra ‘ninja’ até no título – As Tartarugas Ninja 3 promove uma viagem no tempo, levando as quatro personagens-título – o cerebral Leonardo, o malandro Michelangelo, o rebelde Rafael e o criativo Donatello – ao Japão feudal do século XVI. Lá elas vão parar em busca da repórter April, que foi teletransportada ao entrar em contato com um antigo artefato mágico. Os cinco, é claro, logo estarão envolvidos em uma batalha contra um poderoso malfeitor local, além de participarem de um confronto direto com o vilão manipulador que tenta a todo custo alcançar o poder, papel caricato desempenhado à toque de caixa por Stuart Wilson.
O longa escrito e dirigido por Stuart Gillard não fez tão feio nas bilheterias (arrecadou o dobro do orçamento de US$ 21 milhões) quanto sofreu pelas críticas recebidas, que o acusaram de ser desprovido de humor, com um enredo óbvio e sem maior relevância – considerações, é preciso concordar, bastante justas. Não há nesse filme nada que justifique sua produção – os personagens estão descaracterizados, nada é muito explicado e a história, numa análise mais apurada, não faz o menor sentido. Sem funcionar com os pequenos e muito menos com os adultos, é um filme a ser esquecido sem muita piedade.
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