Sinopse
O nascimento do cervo Bambi agita o coração da floresta. Mesmo quando é atingido por uma tragédia enorme, o animal encontra caminhos para prosseguir, em função da amizade que desenvolve com os demais moradores dali.
Crítica
Não há como negar que Bambi é uma das produções essenciais e mais tocantes produzidas por Walt Disney. A história do pequeno e lânguido cervo que nasce na floresta sendo chamado de príncipe é baseada em um livro de Felix Salten, que em nada lembra uma fábula infantil, pela violência, a abordagem sexual e as traições que traz. Além de mortes sanguinárias. Obviamente, nas mãos da Disney a obra ganhou tons mais leves. Ainda assim, essa versão cinematográfica está longe de enfraquecer a história triste e de grande sensibilidade vista no original.
Questões familiares, de amizade, a morte e a redenção, presentes constantemente nas obras do produtor, estão lá e da forma mais bem acabada nessa produção que foi iniciada em 1936 com a intenção de ser o segundo longa-metragem animado do estúdio, após Branca de Neve e os Sete Anões (1937). Porém, sempre primando pelo preciosismo e bom acabamento, Disney logo adiou a estreia, lançando outros filmes nesse espaço de tempo até 1942.
O perfeccionismo de Disney é perceptível em cada cena. As nuances melodramáticas e as sutilezas que a história absorve do universo Disney constroem um conto de amadurecimento soberbo. Muito bem acompanhado de seu amigo, o coelho Tambor, e do tímido filhote de gambá, Flor, Bambi aos poucos cresce e encara a realidade dura da vida e dos caçadores que caminham pelas sombras da floresta. A assistência do sábio Coruja ajuda o jovem e ingênuo príncipe a enfrentar as adversidades e se tornar um adulto completo. Disney cria durante essa jornada uma das cenas mais tristes de suas narrativas, da qual O Rei Leão (1994) muito se apropriaria anos depois.
Após Bambi, Disney entrou em um hiato de quase 10 anos, devido a falta de trabalhadores que estavam servindo na Segunda Guerra Mundial, e a escassez de materiais para realizar os filmes. Essa pausa só seria quebrada com a gata borralheira em Cinderela (1950). A história do cervo foi um lançamento modesto na época, mas, após um relançamento em 1947, a produção virou o fenômeno que perdura até os dias de hoje, ganhando sequências em vídeo e reedições em home vídeo. Bambi certamente reina além da floresta, por entre os estúdios da Disney e as animações mais adoradas pelos fãs do estilo. Uma obra-prima.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Renato Cabral | 9 |
Chico Fireman | 9 |
Robledo Milani | 10 |
Ticiano Osorio | 10 |
MÉDIA | 9.5 |
Realmente é um classico encantador,que me deixou saudades quando cresci,voltei a ver os dois filmes de Bambi recentemente e mais uma vez me encantei,infelizmente ele é motivo de piada para os futebolistas.....Mas para mim é um dos melhores classicos da Disney!!!