Sinopse
Marcelo, um escritor, e Beatriz, uma advogada, se mudam para Lisboa. A moça logo encontra um emprego em uma empresa local, mas seu marido não tem a mesma sorte e encontra dificuldades para começar a escrever seu novo romance. Quando finalmente decide como tema o ciúme, tem como inspiração a própria esposa. Para que o livro seja uma trama de sucesso, Beatriz resolve ajudá-lo: seu objetivo é construir uma personagem que alimente a criatividade dele, só que vai longe demais, vivendo situações intensas e comprometedoras em uma vida dupla sem controle.
Curiosidades
- Mesmo diretor de O Dia da Caça (2000);
- Festival de Cinema Brasileiro de Paris 2017: Seleção Oficial;
- Festival de Cinema Brasileiro de Miami 2017: Seleção Oficial;
- Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa 2016: Seleção Oficial;
- Festival do Rio 2015: Seleção Oficial;
Texto pretensioso do crítico, quase tão ruim quanto o argumento do filme. Mais uma filme que não fala de nada, não acrescenta nada à filmografia brasileira, só mostra que o cinema nacional ( mesmo que rodado em Lisboa), não saiu ainda das pornochanchadas. Não assista, nem perca seu tempo lendo esse crítico
Não entendi que houve uma submissão da personagem "Beatriz" ao marido, o sentido vai muito além desta rasa e falsa dialética neomarxista homem-opressor x mulher-oprimida. Beatriz faz tudo por vontade própria. Ela aproveita suas experiências, gosta do jogo se sedução, se entrega totalmente aos prazeres com estranhos e ao abandono de si mesma. O marido sofre com isso, as traições da esposa não lhe fazem bem. Há uma evolução natural da sexualidade de Beatriz. Primeiro, faz jogos sexuais com o marido. Depois, estes jogos sexuais passam a ser feitos com estranhos, em encontros casuais. E depois ela se abandona em sua sexualidade e solidão, com práticas mais arriscadas, marginais. Há fetiche na humilhação, no "sujo", no proibido. Uma outra Beatriz emerge ao final desse ciclo, mais dura, independente e pronta para viver sozinha. O filme é.sobre uma dolorosa separação, cujo marco inicial é o exame neonatal colocado na lata de lixo e o aborto. Ali, Beatriz abandona o romantismo e o ideal de um casamento monogâmico apaixonado. Ela está sozinha agora, descobrindo novas possibilidades. Os relatos de Beatriz ajudam o marido com livro, mas também são humilhantes, criando uma relação de "cuckold", ou seja, quando o marido assiste sua esposa mantendo relações com outras pessoas. A sexualidade humana é bastante complexa, e muitos encontram prazer em serem humilhados, usados. O filme tem sua força aí, na personagem Beatriz e na bela atuação da atriz. Há falhas no enredo, mas limitar a análise no raso e artificial tema do "feminismo" é perder o que a obra traz de polêmico e essencial.