Crítica
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Sinopse
No século XVII, a jovem Benedetta Carlini é enviada a um convento italiano, crescendo com devoção completa a Deus. Quando a instituição acolhe uma jovem agredida pelo pai, as duas mulheres se aproximam e iniciam um relacionamento proibido. Enquanto isso, Benedetta passa a ter visões eróticas relacionadas a Jesus e apresentar a chagas de Cristo pelo corpo. Alguns enxergam na mulher uma mensageira divina, mas outros a consideram uma farsante perigosa.
Apesar de bem embasada, sua crítica também faz concessões clichês a um discurso atual, sem ao menos dar chance a uma interpretação da obra no contexto da linguagem de Verhoeven. Um cineasta que sempre foi agressivo em suas posturas e em sua estética. Muitas críticas denunciam sua "falta de sutileza", criticando justamente aquilo que fez de Verhoeven o que ele é. Você critica-o como "macho opressor" também a partir de uma premissa pré concebida, trazendo parâmetros delineados a priori. Triste ver como a interpretação caolha de genuínas lutas atuais está aniquilando a capacidade de abarcar linguagens autorais, padronizando o discurso e procurando atacar obras de qualidade estética e valor transgressor, simplesmente por que não estão de acordo com a "sutileza" evocada ad infinitum.