Crítica
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Sinopse
Xico acompanha seu pai no cotidiano laboral de limpar fossas. Ele começa a questionar essa rotina singular e alguns dos ideais defendidos por seu tio.
Curiosidades
- Adaptado do livro homônimo de Xico de Sá;
- 22º Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro: indicado a Melhor Roteiro Adaptado e Ator Coadjuvante (Marcélia Cartaxo);
- Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2017: premiado como Melhor Roteiro Adaptado. Indicado a Melhor Montagem e Trilha Sonora;
- Festival de Brasília 2015: premiado como Melhor Filme, Ator (Matheus Nachtergaele), Atriz (Marcelia Cartaxo), Roteiro e Trilha Sonora;
- Orçamento: US$ 7,7 mil;
Assis cometeu tanto equívocos que não sei se sou capaz de numerar todos: a dublagem precária e despreocupada, o machismo ao tratar a mulher como objeto de desejo, como histérica ou como puta, a absoluta ausência de linguagem cinematográfica, a narrativa óbvia e mastigada (precisava de um policial dizer "que ironia" para o tio que limpava a latrina da cela? O público não é capaz de chegar a essa conclusão sozinho?), os personagens juvenis estereotipados (o homossexual só está lá para que as piadas machistas sejam feitas, enquanto o "matemático" só existe para servir de exemplo e talvez só Cláudio Assis seja capaz de explicar a função narrativa da irmã do protagonista), as dezenas de planos que não tem razão de existir (boleia do caminhão sendo filmada de frente e lateralmente), o apelo excessivo à trilha sonora, a ausência de dramaturgia (a cena da briga é falsa e a cena em que o pai dá uma surra é mais falsa que uma nota de 3 reais). Enfim, tudo isso me leva a crer que, se estamos aplaudindo isso (Festival de Brasília, por exemplo), o cinema brasileiro está em um caminho muito, mas muito errado!