Crítica
6
Leitores
1 voto
4
Sinopse
Xico acompanha seu pai no cotidiano laboral de limpar fossas. Ele começa a questionar essa rotina singular e alguns dos ideais defendidos por seu tio.
Detalhes
Direção
Roteiro
Hilton Lacerda |
Ana Carolina Francisco |
Autoria
Xico Sá |
Elenco
Matheus Nachtergaele |
Marcélia Cartaxo |
Rafael Nicácio |
Artur Maia |
Vertin Moura |
Francisco de Assis Moraes |
Clarice Fantini |
Fabiana Pirro |
Gabrielle Lopes |
Pally Siqueira |
Jards Macalé |
Produção
Marcello Ludwig Maia |
Stella Zimmerman |
Cláudio Assis |
Realização
República Pureza Filmes |
Perdidas Ilusões |
Fotografia
Marcelo Durst |
Montagem
Karen Harley |
Assis cometeu tanto equívocos que não sei se sou capaz de numerar todos: a dublagem precária e despreocupada, o machismo ao tratar a mulher como objeto de desejo, como histérica ou como puta, a absoluta ausência de linguagem cinematográfica, a narrativa óbvia e mastigada (precisava de um policial dizer "que ironia" para o tio que limpava a latrina da cela? O público não é capaz de chegar a essa conclusão sozinho?), os personagens juvenis estereotipados (o homossexual só está lá para que as piadas machistas sejam feitas, enquanto o "matemático" só existe para servir de exemplo e talvez só Cláudio Assis seja capaz de explicar a função narrativa da irmã do protagonista), as dezenas de planos que não tem razão de existir (boleia do caminhão sendo filmada de frente e lateralmente), o apelo excessivo à trilha sonora, a ausência de dramaturgia (a cena da briga é falsa e a cena em que o pai dá uma surra é mais falsa que uma nota de 3 reais). Enfim, tudo isso me leva a crer que, se estamos aplaudindo isso (Festival de Brasília, por exemplo), o cinema brasileiro está em um caminho muito, mas muito errado!