Crítica
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Sinopse
Frank Martin ainda é um mercenário que trabalha como transportador de cargas valiosas, mas no momento se encontra como segurança do menino Jack, filho de uma família muito rica. Quando o garoto é sequestrado, Frank é obrigado a colocar suas habilidades novamente em prática para salvá-lo.
Crítica
Existem duas maneiras de encarar Carga Explosiva 2. Uma delas é assisti-lo como a qualquer outro filme, o criticando pesadamente pela completa ausência de qualquer senso de realidade. Outra é vê-lo como uma mistura de Missão: Impossível com os filmes estrelados por Jet Li, produções que abraçam o exagero, pretendendo conquistar o espectador através de suas sequências fantásticas. Só estando neste segundo grupo para curtir o que o diretor Louis Leterrier entrega nesta sequência do sucesso de 2002.
Jason Statham é Frank Martin, um homem que parece ter feito pacto com alguma força oculta. Nada o atinge ou aflige. Sejam balas de metralhadora, acidentes de trânsito ou quedas de avião, Frank nunca sai dos trilhos ou desiste de seu intento: salvar o filho da bela Audrey (Amber Valleta) e do enfadonho Billings (Matthew Modine), que caiu nas mãos de uma organização que pretende destruir o mundo com um vírus extremamente letal. Como é possível perceber, a criatividade não é o forte do roteiro assinado por Luc Besson e Robert Mark Kamen.
As situações em que o personagem de Statham se mete são espetaculares (e um tanto estapafúrdias). O exagero de algumas sequências o coloca lado a lado com qualquer herói do universo Marvel ou DC. Não a toa, o diretor Louis Leterrier sairia desta franquia depois de assinar os dois primeiros filmes para comandar O Incrível Hulk (2008) para o estúdio da Casa das Ideias. O grande problema de Carga Explosiva 2 é que ele se leva muito a sério. Se o roteiro tivesse alguma ironia ou algum senso de ridículo talvez fosse mais palatável.
O que acontece em muitos filmes de ação é a ideia de um protagonista sem pontos fracos, o que é um verdadeiro tiro pela culatra. Se não existem desafios, não existe tensão ou identificação na tela. Duro de Matar (1988) fez tamanho sucesso na década de 1980 por mudar o status quo dos heróis de ação e construir o John McClane de Bruce Willis em um homem de carne e osso, que sangrava pelos pés e tudo. A qualquer momento ele poderia morrer. Essa ideia acabou sendo abandonada nos demais filmes da série, mas estava lá de início. Já o Frank Martin de Jason Statham é terrivelmente infalível. Não existem desafios para ele, o que deixa tudo menos interessante. Um vilão à altura do protagonista também não seria uma má ideia. Embora tenhamos uma antagonista perigosa e visualmente extravagante em Lola (Kate Nauta), o embate acaba não empolgando.
Ainda que totalmente fora da realidade, as cenas de ação são muito bem executadas e a edição durante as lutas preenche os requisitos básicos de filmes dessa temática: rápida, do tipo "piscou, perdeu". Carga Explosiva 2 é recomendável para os fãs do filme original e para quem é admirador incondicional das peripécias de Tom Cruise na saga Missão: Impossível.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Rodrigo de Oliveira | 4 |
Thomas Boeira | 5 |
Roberto Cunha | 6 |
MÉDIA | 5 |
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