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Uma hora, mais cedo ou mais tarde, isso iria acabar acontecendo: a Pixar iria fazer um filme ruim! E esse assustador momento chegou com Carros 2, o longa recém lançado e que dá sequência à animação de 2006. Mas a questão é que, se olharmos bem criticamente, nem se trata de algo propriamente “ruim”. Só está longe de ser tão bom quanto qualquer outra produção do estúdio, como os fantásticos Wall-E (2008), Up: Altas Aventuras (2009) e Toy Story 3 (2010), só para ficarmos nos mais recentes.E com um padrão de qualidade tão elevado, qualquer produto que fique aquém da média por eles mesmos estabelecida acaba levando o selo de “pior”. E este é o caso.
Na real, o próprio Carros (2006) já não era grande coisa. Porém havia um fator em que era imbatível: nos brinquedos vendidos em lojas infantis! De todas as criações da Pixar, esse era um dos mais rentáveis em merchandising e em vendas de produtos para crianças. Sem falar que era um dos poucos voltados exclusivamente para os meninos. Claro que muitos se encantam com um peixinho, um ratinho, um monstro peludo ou um super-herói. Mas qual garoto nunca brincou de carrinho? Essa, portanto, é a única e principal razão desta continuação: o faturamento mercadológico além das bilheterias.
O primeiro Carros (2006), além de ser uma das únicas produções da Pixar a não ganhar um Oscar, é também um dos com a mais baixa bilheteria. Um dos problemas apontados era o fato de ser muito tipicamente americano. Para universalizá-lo, qual a solução tomada? Inserir os personagens num contexto mais abrangente, e como o evento automotivo mais global que existe é a Fórmula 1, para lá eles foram! E enquanto o protagonista e estrela Relâmpago McQueen (Owen Wilson) é o destaque das pistas, será o melhor amigo dele, Mate (Larry the Cable Guy) que ficará responsável por todas as confusões e desastres, envolvendo-os numa conspiração internacional que poderá levá-los a grandes perigos.
Fracasso Carros 2 está longe de ser – o faturamento, até o momento, é superior aos US$ 400 milhões em todo o mundo – mas está muito distante também de atingir o impacto do longa do ano passado da companhia, Toy Story 3 (2010), que faturou mais de um bilhão. Bastante dinâmico e divertido, o filme peca principalmente por ser raso em sua trama e sem maiores profundidades. Assim, termina por ser um passatempo competente, mas nada mais do que isso.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 6 |
Chico Fireman | 4 |
Thomas Boeira | 4 |
MÉDIA | 4.7 |
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