Crítica
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Sinopse
Num apartamento classe média do Rio de Janeiro moram quatro amigos que apenas querem saber de farra. Ao receber uma ação de despejo por falta de pagamento da hipoteca, eles têm duas opções: trabalhar ou dar um golpe.
Crítica
Casa da Mãe Joana é a realização de um sonho antigo do diretor Hugo Carvana. Pena que esta viagem nostálgica fique muito mais na intenção do que no resultado prático. Enquanto filme, este projeto apresenta momentos verdadeiramente constrangedores, raras piadas que funcionam e atores em completa falta de sintonia com o texto apresentado. Enfim, um tremendo desperdício.
Quando jovem, Carvana chegou a dividir um apartamento com os amigos Daniel Filho, Miele e Roberto Maya. Para recriar este mesmo espírito anárquico de muita pilantragem, chamou os parceiros José Wilker, Paulo Betti, Antônio Pedro e Pedro Cardoso. Em outras épocas, seriam ótimas escolhas. Hoje em dia, se revelam apostas absolutamente equivocadas. Wilker já declarou em mais de uma ocasião estar cansado do ofício de atuar. Assim como em outras aparições recentes, como nos filme Sexo com Amor? ou O Maior Amor do Mundo. Ele está em ponto morto, desanimado, fora de forma e fazendo pouco caso do próprio personagem. Um pouco diferente é Betti, que até parece estar mais animado. Já Antônio Pedro (Os Desafinados) acaba se restringindo a uma única piada, a da sua parceria com a “musa inspiradora” Juliana Paes (esta sim, muito à vontade em cena). Por fim temos Pedro Cardoso, repetindo pela enésima vez o mesmo tipo malandro, que consagrou em longas como O Homem que Copiava e A Grande Família.
O enredo é muito simples. Logo após um golpe mal sucedido, um dos quatro se manda com toda a grana e deixa os outros três em maus lençóis. Sem dinheiro, eles não têm como pagar o aluguel, e precisam pensar em algo rápido para não serem despejados. E daí começam as invenções: um vira acompanhante de um juiz idoso e que gosta de frequentar boates gays, o outro decide arrecadar uns trocados como “garoto” de programa, enquanto que o último precisa de inspiração para voltar a escrever sua coluna num jornal diário. Neste meio tempo surgem a filha (Fernanda de Freitas) desconhecida de um e a mãe (Laura Cardoso) esclerosada de outro. Isso sem falar das “clientes” que passam a frequentar o local.
Sem muita graça e com um ritmo bastante capenga, Casa da Mãe Joana deve ter sido um projeto muito mais divertido nos bastidores do que no lado de cá da tela. Nem convidados especiais como Arlete Salles, Beth Goulart (ótima), Cláudio Marzo, Agildo Ribeiro (exagerado), Malu Mader (visivelmente desconfortável) e até o próprio Carvana conseguem conferir um brilho diferenciado à obra. E o erros de gravação, que compõem os créditos finais, acabam compondo um dos poucos elementos visualmente interessantes de todo o filme, além da inspirada abertura. Ou seja, o problema está mesmo no recheio. E se aquele que viveu tudo aquilo não conseguiu produzir melhor, então não há mais nada a ser feito.
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Grade crítica
Crítico | Nota |
---|---|
Robledo Milani | 5 |
Alysson Oliveira | 3 |
Francisco Carbone | 3 |
MÉDIA | 3.7 |
eu achei esse filme uma delicia, morri de rir, Hugo Carvana era um gênio
quem aguentar os 15 ou vinte primeiros minutos iniciais, e não mudar de canal(como fiz numa outra vez), tanta canastrice se junta no começo, e se ainda der uns 5 descontos adicionais, percebendo que o manjado e enjoativo Pedro Cardoso praticamente sai da história, então começam os momentos engraçados, a começar das freguesas do "coroa de programa" - hilária a cantora de ópera e a sadomaso - mesmo a mãe de um deles começa a render na história - a musa do escritor também garante bons momentos - o Wilker de cuidador de um gay idoso tb começa a decolar ( idem a filha do personagen, dele que aparece do nada )- e até quando o Pedro Cardoso volta na história ele não compromete mais; sendo que o Hugo Carvana com tudo isso pegou o timing da comedia de vaudevile; mas é preciso muita boa vontade para gostar deste filme: no que vale a pena porque da para rir de uns 20 sketchs